O ebola é transmitido pelo contato direto com fluidos corpóreos: sangue, saliva e vômito podem transportar o vírus.
Parentes dos pacientes e os profissionais de saúde que os tratam são os indivíduos em maior situação de risco. Porém, qualquer pessoa que se aproxime de infectados por ebola está em risco.
Por esta razão, o contato deve se restringir a situações de cuidados médicos essenciais e sempre mediante precauções, como usar a roupa de proteção completa.
O vírus não consegue penetrar a vestimenta, que inclui máscara, luvas, óculos de proteção, macacão de corpo inteiro e botas de plástico – mas poucas pessoas têm acesso a esse equipamento tão avançado.
Quem usar a roupa completa precisa trocá-la a cada 40 minutos. Colocar todas as peças leva cinco minutos – tirá-las leva, com a ajuda de outra pessoa, 15 minutos. Durante esse processo, as pessoas estão mais suscetíveis ao contágio com ebola, por isso são descontaminadas com cloro.
A temperatura interna dentro do uniforme pode chegar a 40 graus centígrados.
Se uma gota de fluido infectado cair na pele, pode ser lavada imediatamente com água e sabão ou gel antibacterianos.
Já os cuidados com os olhos são mais complicados. Um espirro que atinja o olho pode transportar o vírus para dentro do corpo, o que torna obrigatório o uso de óculos com fechamento lateral.
De forma semelhante, as membranas mucosas da boca e de dentro do nariz são áreas vulneráveis.
Um dos sintomas mais marcantes do ebola é o sangramento. Os pacientes podem sangrar pelos olhos, ouvidos, nariz, boca e reto. Vômitos e diarreias também podem ser carregados de sangue.
Assim, lavar as roupas se torna um risco. Qualquer lavanderia ou outro dejeto clínico é incinerado. Equipamentos médicos que podem ser reutilizados são esterilizados.
Sem essas medidas, o vírus pode continuar vivo e a transmissão pode se amplificar.
Gotas diminutas em uma superfície que não tenha sido totalmente limpa também são um risco. Ainda não se sabe quanto tempo o vírus pode permanecer vivo e continuar representando uma ameaça. O vírus da gripe e outros germes podem continuar vivos por duas horas ou mais em superfícies como mesas, maçanetas e escrivaninha.
A auxiliar de enfermagem espanhola confirmada com ebola contou ter entrado duas vezes no quarto de um dos dois pacientes que estava ajudando a tratar – primeiro, para ajudar a tratar o paciente, e depois para desinfetar o ambiente após a sua morte.
Nos dois casos, ela usou o equipamento protetor completo. Acredita-se que ela tenha sido infectada quando tirou a roupa.
Água e sabão ou gel antibacteriano rapidamente rompem a cápsula que envolve o vírus. Um método de descontaminação facilmente acessível em regiões remotas é o uso de detergentes diluídos em água.
Em tese, quem se recupera de uma infecção por ebola não tem mais a capacidade de passar a doença adiante.
No entanto, o vírus já foi encontrado no sêmen de um paciente três meses depois de ele ter sido declarado curado.
Por esta razão, médicos dizem que os pacientes que se recuperarem do contágio devem evitar as relações sexuais durante três meses ou usar preservativos.
Fonte: Diário da Saúde.
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