Implantes
Dicas de limpeza para próteses sobre implantes.
A indústria TEPE disponibiliza em seu site um guia de cuidados que se deve ter com os implantes e com suas respectivas próteses.
Independente da marca dos apetrechos utilizados para higiene, o interessante é visualizar os locais que devem limpos para evitar-se a cultura de bactérias junto aos implantes e próteses.
Segue o link: http://www.implantcare.tepe.com/index.php?id=210&L=9 .
Implantes mais leves, ossos mais fortes.
Se você não é do tipo que possui nervos de aço, talvez possa se consolar com ossos de aço – pelo menos se você precisar de algum implante no futuro.
Uma espécie de espuma metálica, fabricada por pesquisadores da Universidade do Estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, possui uma elasticidade similar à dos ossos naturais, o que pode significar o surgimento de uma nova geração de implantes biomédicos mais resistentes, mais leves e menos sujeitos à rejeição.
Mais leve do que o alumínio, e podendo ser fabricada por combinações variáveis de aço e alumínio, a espuma metálica possui um "módulo de elasticidade" muito similar ao dos ossos humanos, o que lhe dá uma extraordinária capacidade de absorção de choques e impactos.
O módulo de elasticidade mede a capacidade de um material em deformar-se quando sofre uma pressão e depois retornar à sua forma original quando a pressão é removida.
A superfície áspera da espuma metálica também poderá ajudar no crescimento ósseo ao redor do material, melhorando a resistência do implante. E, sendo poroso, o material é mais leve do que os implantes atuais.
"Quando um implante dentário ou ortopédico é colocado no corpo para substituir um osso ou uma parte de um osso, ele precisa lidar com as cargas da mesma forma como o osso ao seu redor," explica a professora Afsaneh Rabiei, especialista em materiais aeroespaciais.
"Se o módulo de elasticidade do implante for muito maior do que o do osso, o implante vai assumir a carga e o osso circundante começará a morrer. Isto causará o afrouxamento do implante, podendo levar à sua inutilização. Isto é conhecido como stress shielding. Quando isso acontece, o paciente vai precisar de uma cirurgia de revisão para substituir o implante. Nossa espuma pode ser o material perfeito para um implante à prova de stress shielding," prevê Rabiei.
O stress shielding, blindagem contra tensões, em tradução livre, é conhecido tecnicamente como remodelação óssea proximal adaptativa. Ele leva à redução da densidade de um osso (reabsorção óssea) devido à retirada da carga normal que incide sobre esse osso. Essa carga geralmente é retirada por um implante.
Leia o artigo na íntegra.
Fonte: Inovação Tecnológica.
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=ossos-de-aco&id=010160100302
O Laser melhorando os implantes médicos.
Pesquisadores da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, descobriram como usar raios laser para criar stents arteriais, próteses e outros implantes médicos à base de titânio, mais duráveis e que podem ser fabricados 10 vezes mais rapidamente e, portanto, mais baratos, do que os atuais.
A técnica consiste na deposição de camadas de uma mistura em pó feita com metais e materiais cerâmicos. O feixe de laser derrete o pó, que se solidifica imediatamente, formando as peças aos poucos.
Como a técnica permite que as peças sejam formadas uma camada de cada vez, ela é ideal para revestir os implantes de titânio e outros metais com materiais cerâmicos que imitam as características do osso natural.
"Nós temos 200.000 artroplastias totais de quadril nos Estados Unidos todos os anos", diz o pesquisador Shin Yung. "Eles duram em média cerca de 10 anos. Isso significa que, se você receber um implante aos 40, pode ser necessário ter que refazer a cirurgia três ou quatro vezes em sua vida. "
O metal titânio não possui a mesma rigidez e nem a mesma natureza dos ossos, o que torna necessário revestir as peças com materiais que se adaptem melhor ao organismo.
"No entanto, quando você deposita cerâmica sobre o metal, você não quer que haja uma mudança abrupta de materiais porque isto causa diferenças de expansão térmica e de composição química, o que resulta em rachaduras. Uma forma de corrigir isso é mudar a composição gradualmente, assim você não cria uma fronteira abrupta," diz o pesquisador.
A técnica de aplicação de camadas de revestimento graduais é chamada de "revestimento com gradiente de funcionalidade".
Os pesquisadores usaram o seu processo de deposição a laser para criar uma superfície porosa de titânio e uma superfície externa de fosfato de cálcio, ambas projetadas para reproduzir melhor a rigidez dos ossos humanos do que os implantes atuais.
O processo de deposição a laser também permite a fabricação de peças com formas mais complexas, que poderão ser personalizadas para cada paciente. Implantes não são como peças de máquinas, que são fabricadas idênticas aos milhares. No caso de implantes ósseos, por exemplo, virtualmente cada implante é único.
"As imagens médicas poderão ser enviadas para o laboratório, onde a deposição a laser criará os implantes a partir das imagens ", disse Shin. "Em vez de 30 dias, como acontece hoje, porque primeiro você tem que fazer um molde, nós poderemos fazê-lo em três dias. Você reduz o custo e o tempo de produção."
O processo funciona também para peças feitas com aço ou cromo. Os testes iniciais mostram que a conexão entre as peças e o revestimento são até sete vezes mais fortes do que o determinado pelos padrões de saúde.
Tratamento Químico na Superfície dos Implantes Médicos e Odontológicos.
Com coordenação canadense e contribuição brasileira, uma equipe internacional multidisciplinar está desenvolvendo novas estratégias para o tratamento químico de superfícies metálicas que poderão, no futuro, ter aplicações em implantes médicos e dentários, minimizando a rejeição de próteses metálicas pelo corpo humano.
Superfícies inteligentes:
O estudo, publicado na revista Nano Letters, parte das recentes descobertas no campo da nanotecnologia e utiliza a modificação química para produzir metais com superfícies inteligentes, capazes de interagir positivamente com as células e ajudando a controlar a reação biológica.
Coordenada pelo professor Antonio Nanci, da Faculdade de Medicina Odontológica da Universidade de Montreal, a equipe inclui pesquisadores da Universidade McGill, do Instituto Nacional de Pesquisa Científica do Canadá, da empresa Plasmionique e da Universidade de São Paulo (USP).
Tratamento químico de superfícies metálicas:
De acordo com um dos autores do artigo, o brasileiro Paulo Tambasco de Oliveira, do Departamento de Morfologia Estomatologia e Fisiologia da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, o tratamento químico de superfícies metálicas para utilização em implantes não é uma novidade. Mas ao modificar a topografia dessas superfícies na nanoescala, o grupo tem conseguido ampliar a versatilidade desses processos.
"O estudo apresenta a versatilidade das novas soluções utilizadas para tratamento químico de superfícies metálicas para modificações na nanoescala – a dimensão em que ocorre a sinalização celular – e mostra que as alterações nas células do organismo acontecem tanto na expressão gênica como na expressão de proteínas", disse Tambasco à Agência FAPESP.
O procedimento é capaz de provocar a formação de nanotopografias com poros de dimensões de 20 a 30 nanômetros, que, de acordo com Tambasco, influenciam diversos processos biológicos, favorecendo a interação com o organismo. "Essas superfícies estimulam diretamente as células e por isso são uma potencial alternativa ao uso de moléculas bioativas", disse.
Próteses inteligentes:
O aprimoramento dessas estratégias, de acordo com os autores, poderá aumentar significativamente as chances de sucesso de próteses ortopédicas, dentárias e cardiovasculares.
"Uma das principais vantagens é o efeito celular seletivo. No caso de uma prótese vascular, por exemplo, é importante limitar a adesão celular a fim de não prejudicar a circulação sanguínea. No caso de implantes dentários, um dos desafios é impedir a formação de cápsula conjuntiva, o que prejudica sua estabilidade. O desenvolvimento de nanotopografias pode controlar seletivamente o crescimento celular", disse Tambasco.
Os pesquisadores testaram os procedimentos para a modificação da superfície de metais biomédicos como o titânio. O tratamento foi feito com misturas selecionadas de ácidos e oxidantes. A equipe testou os efeitos das superfícies metálicas nanoporosas produzidas quimicamente sobre o crescimento e desenvolvimento de células in vitro.
Aumento do crescimento celular:
Foi constatado que, em comparação às superfícies lisas não tratadas, as superfícies produzidas aumentam o crescimento das células ósseas e favorecem o desenvolvimento de células-tronco. A manifestação de genes necessários à adesão e ao crescimento celular também aumentou em contato com as superfícies nanoporosas.
"Justamente por ser uma abordagem inovadora de tratamentos químicos simples, notoriamente eficazes para modificar metais amplamente utilizados para próteses, esse estudo tem potencial para proporcionar o desenvolvimento de materiais inteligentes que sejam aceitos pelo organismo, mas que respondam ativamente ao meio biológico", disse o professor.
O estudo envolveu pesquisadores das áreas de engenharia de materiais, química, física, odontologia e biologia celular e molecular. "A equipe brasileira, concentrada no Laboratório de Cultura de Células da Forp, criado há dez anos pelo professor Adalberto Luiz Rosa, deu contribuição significativa ao estudo canadense", disse.