Células tronco

Células tronco – promessa ou realidade?

Neste último mês li pelo menos uns cinco artigos contendo trabalhos com células tronco, tanto na área da medicina como na da odontologia.

Claro que a maioria dos trabalhos é da área médica, mas o ponto em questão é que realmente estamos saindo de uma situação de engatinharmos para começarmos a andar.

Leiam mais este artigo para compreenderem este conceito: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=celulas-tronco-cordao-umbilical-medicina-regenerativa&id=8447&nl=nlds .

O futuro será promissor; quando acontecerá da forma mágica que queremos e precisamos, é que profissionais mais centrados ainda não pode afirmar.

Fica claro que, continuadamente e interruptamente as pesquisas estão acontecendo, e os envolvidos continuam aprendendo e mudando paradigmas e conceitos.

A luta pela vida continua para muitos!

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Doação de células tronco mesmo após a morte.

As pesquisas com as células-tronco demoraram a deslanchar sobretudo devido a dilemas éticos.

As dificuldades envolviam a retirada das células-tronco de óvulos humanos fecundados mas não utilizados nas terapias dereprodução assistida.

Mais tarde, os cientistas começaram a desenvolver técnicas para converter células normais adultas em células pluripotentes – são as chamadas células-tronco pluripotentes induzidas.

Agora, em uma reviravolta total na questão, cientistas descobriram que, assim como doar órgãos para transplantes, pessoas falecidas poderão servir como doadoras de células-tronco.

O estudo envolveu as chamadas células-tronco mesenquimais, que poderão ser retiradas da medula óssea.

As células-tronco mesenquimais podem ser transplantadas e o tipo de célula que eles vão formar depende de onde elas são injetadas.

Além disso, os estudos iniciais indicam que não há rejeição no transplante dessas células-tronco.

Hoje já é possível obter células-tronco mesenquimais da medula de doadores vivos, mas apenas em quantidades muito pequenas.

Os cientistas esperam que, com a possibilidade de obtenção de grandes quantidades dessas células de doadores mortos dê um impulso nas pesquisas para o uso dessas células em terapias.

Fonte: Diário da Saúde.

Leia o artigo na íntegra: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=celulas-tronco-poderao-doadas-apos-morte&id=8463&nl=nlds .

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USP criará banco de dados e de células-tronco de pacientes com doenças genéticas raras.

Desde que foi fundado em 2000 como um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, o Centro de Estudos do Genoma Humano (CEGH) já atendeu cerca de 80 mil pessoas pertencentes a famílias afetadas por doenças genéticas.

Um software que está sendo implantado no CEGH possibilitará armazenar os dados clínicos e informações genômicas e de testes moleculares realizados em diversos pacientes atendidos pelo centro, que está ligado ao Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).

Dessa forma, o programa permitirá ao CEGH criar um dos maiores banco de dados de doenças genéticas raras da população brasileira relacionadas, particularmente, a doenças neuromusculares, malformações congênitas, de déficit cognitivo, obesidade de causa genética e autismo.

Também possibilitará o surgimento de bancos de dados de células-tronco de pacientes com doenças genéticas raras do Brasil, já contendo mais de 300 amostras.

Fonte: Agência Fafesp.

Leia o artigo na íntegra: http://agencia.fapesp.br/15648 .

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Brasil terá banco de células-tronco coletadas da população.

Pesquisadores do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias, planejam criar um banco de células-tronco de pluripotência induzida.

Ao contrário das células-tronco embrionárias, que são células-tronco humanas naturais, as células-tronco induzidassão células adultas, coletadas em alguma parte do corpo, geralmente a pele, que são induzidas artificialmente para readquirir a capacidade de formar qualquer tecido do corpo.

O banco será formado a partir de amostras de sangue coletadas pelo Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa), uma iniciativa do Ministério da Saúde que irá monitorar, com entrevistas e exames clínicos, a saúde de 15 mil pessoas ao longo de 30 anos para avaliar os fatores de risco de doenças crônicas.

“Isso vai acabar servindo, em um futuro bem próximo, como uma população brasileira in vitro”, diz a coordenadora do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias, Lygia Vieira Pereira, referindo-se à disponibilidade das células dos brasileiros em laboratório, uma espécie de biblioteca celular da população, pronta para estudos.

“Então, no caso de uma nova droga, antes dela ser lançada, tem que ser testada na população brasileira para ver se ela é tóxica.

A gente poderia, antes de ir para as pessoas, testar nas células, na população brasileira in vitro,” exemplifica a pesquisadora.

Para os especialistas, as células-tronco pluripotentes induzidas podem ser uma alternativa às clonagens reprodutiva e terapêutica, proibidas no Brasil pela Lei de Biossegurança (Lei nº 11.105/2005).

Essa proibição da clonagem humana abrange a transferência de um embrião para um útero com o propósito de originar um clone (clonagem reprodutiva) e o desmembramento em laboratório de células-tronco embrionárias para formar tecidos destinados a transplantes no próprio indivíduo (clonagem terapêutica).

Além dessa restrição, a lei só permite uso de embriões congelados, com autorização dos pais genéticos, até março de 2005, quando a lei foi publicada, o que faz com que o estoque de células-tronco embrionárias no Brasil seja restrito.

Fonte: Brasilsus.

Leia o artigo na íntegra: http://www.brasilsus.com.br/noticias/9-principais/113283-brasil-tera-banco-de-celulas-tronco-coletadas-da-populacao.html .

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Perspectivas de tratamentos com células-tronco.

Uma notícia impressionante surpreendeu o Brasil em 2011: o ex-policial baiano Maurício Ribeiro, 47 anos, paraplégico há nove, recuperou parte dos movimentos das pernas e voltou a andar com a ajuda de aparelhos.

A façanha foi resultado de uma experiência liderada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na Bahia, e tornou-se uma das primeiras a demonstrar resultados efetivos de terapias à base de células-tronco para tratar lesões na medula espinhal.

Fonte: ISTOÉ.

Leia o artigo na íntegra: http://www.istoe.com.br/reportagens/184561_A+ESPERANCA+DA+CELULA+TRONCO+CHEGA+A+MAIS+BRASILEIROS .

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Tratamento de distrofia muscular com células tronco.

Pesquisadores brasileiros devem testar em seres humanos um tratamento inédito com células-tronco.

Portadores de distrofia muscular de Duchenne vão receber, pela primeira vez no país, células-tronco retiradas de outra pessoa. Até hoje, o Brasil só tratava com células-tronco do próprio paciente.

Segundo a pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Mayana Zatz, os primeiros testes com pacientes devem ocorrer no final de 2012.

Os voluntários para a pesquisa serão jovens com a doença que atinge crianças do sexo masculino e causa a degeneração dos músculos. “Alguns meninos perdem a capacidade de andar muito cedo”, disse.

Mayana Zatz afirmou que o Brasil tem centros de pesquisa desenvolvendo estudos de ponta sobre células-tronco. No caso do tratamento dos pacientes com distrofia de muscular de Duchenne, serão usadas células-tronco extraídas da gordura.

Ela explicou que células-tronco de doadores saudáveis serão tratadas e implantadas nos músculos dos pacientes doentes. As células, por suas características biológicas, se transformarão em tecido muscular e regenerar músculos comprometidos pela doença. “As células retiradas em uma lipoaspiração poderão gerar músculo”, declarou.

A pesquisadora declarou que esse procedimento já foi testado em ratos e cães. Segundo ela, os animais foram observados por até três anos e não apresentaram nenhum efeito colateral. “Até agora, tivemos resultados muito interessantes”, disse. “Nada de tumores”, completou.

Fonte : Diário da Saúde.

Leia o artigo na íntegra: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=tratamento-celulas-tronco-testado-brasil&id=7158&nl=nlds .

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Célula da pele é transformada em neurônio.

Quatro proteínas. Isso foi tudo o que os pesquisadores da Universidade de Stanford precisaram para converter células da pele humana em neurônios.

O feito é significativo, pois elimina a necessidade de se criar primeiro as chamadas células tronco pluripotentes induzidas (iPS) e facilita a fabricação de neurônios em laboratório.

Com isso, os pesquisadores chegam cada vez mais perto de imitar doenças cerebrais ou neurológicas in vitro e, quem sabe um dia, usar esse material para terapias humanas.

A pesquisa é paralela a uma já feita em 2010 pelos próprios pesquisadores de Stanford, na qual células da pele de ratos foram transformadas em neurônios. O sucesso com os roedores fez os cientistas aplicarem uma técnica parecida nas células humanas, cuja primeira etapa foi converter células tronco embrionárias em neurônios. Isso foi feito por meio de uma combinação de proteínas (Brn2, Ascl1 e Myt1l), um tratamento que recebeu o nome de BAM. O mesmo processo funcionou em células tronco pluripotentes induzidas.

Leia o artigo na íntegra.

Fonte: INFO Online.

http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/celula-da-pele-e-transformada-em-neuronio-30052011-19.shl

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Terceira Dentição I.

Pesquisadores brasileiros deram mais um passo na viabilização da terceira dentição utilizando a computação gráfica tridimensional para confeccionar estruturas de dente com proporções fiéis aos dos seres humanos.

A reprodução fidedigna do dente humano foi feita por meio do processo de fabricação aditiva, técnica que utiliza modelos computacionais.

A pesquisa poderá viabilizar a criação da chamada “terceira dentição”, quando dentes artificiais substituiriam os dentes naturais “permanentes” em caso de queda por acidente ou doença.

O avanço é resultado do trabalho dos cirurgiões dentistas Mônica e Silvio Duailibi, professores da Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP).

O estudo foi desenvolvido em parceria com o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, órgão de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia.

A fabricação aditiva, também conhecida como prototipagem rápida, possibilita produzir protótipos diretamente do modelo virtual tridimensional a partir de dados obtidos em tomografias ou ressonâncias magnéticas.

A pesquisa será publicada neste ano no periódico americano Artificial Organ.

De material biodegradável, as estruturas dos molares gerados pela técnica 3D já estão sendo testadas pelos pesquisadores na chamada fase pré-clinica, com o cultivo de células-tronco adultas humanas em ratos.

“Anteriormente, conseguimos desenvolver coroas com todas as suas estruturas, como dentina, esmalte, polpa e ligamento periodontal na mandíbula e abdome dos animais, mas suas dimensões e formato não eram de um dente normal”, explica Silvio Duailibi, que é professor adjunto de Engenharia Biomédica no Instituto de Ciência e Tecnologia da Unifesp, em São José dos Campos.

Para Mônica Duailibi, professora da disciplina de Cirurgia Plástica da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, a reprodução dessas estruturas, fiéis ao tamanho e formato do dente humano, e a utilização de células também humanas, marca mais um passo rumo à terceira dentição.

Leia o artigo na íntegra.

Fonte: Diário da Saúde.

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=dente-artificial-acabar-dentaduras&id=6413

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As falsas vendas de tratamentos com células tronco.

Quanto custa a falsa esperança de cura para doenças para as quais ainda não há tratamento? Entre US$ 20 mil e US$ 40 mil é o preço médio em clínicas espalhadas pelo mundo. Elas prometem, por meio de aplicações de células-tronco, reverter problemas diversos de saúde. Estima-se que existam cerca de 700 desses estabelecimentos em todo o planeta. Recentemente, a Universidade de Alberta, no Canadá, apontou os sites de 19 serviços que vendem o que, pela ciência, ainda não pode ser vendido.

Os sites oferecem terapias para doenças neurológicas, cardiopatias, lesões medulares, câncer e até Aids. Não há, porém, cura por células-tronco para nenhum desses males. “Os únicos tratamentos de eficácia comprovada até agora são os que usam células-tronco da medula óssea ou do cordão umbilical para tratar doenças do sangue”, esclarece Júlio Voltarelli, pesquisador da Universidade de São Paulo.

Além disso, os riscos envolvidos são altos. “As células-tronco são uma terapia de grande futuro, mas com um presente sombrio”, considera Ithamar Stocchero, presidente da Associação Brasileira de Engenharia de Tecidos e Estudos das Células Tronco. Um caso emblemático tem servido de alerta à comunidade internacional para a necessidade de se frear o uso indiscriminado dessas terapias. O registro, feito por cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, é de um menino russo que recebeu células-tronco para o tratamento de uma doença neurológica. “A criança não melhorou e desenvolveu tumores cerebrais derivados das células transplantadas”, disse à ISTOÉ o cientista argentino Fernando Pitossi, membro da Sociedade Internacional de Pesquisas em Células Tronco.

Fonte: ISTO É.

Leia o artigo na íntegra.

http://www.istoe.com.br/reportagens/112724_A+VENDA+DA+FALSA+CURA+PELA+CELULA+TRONCO

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Células Tronco VII.

Células-tronco originárias da polpa do dente de leite podem curar deficiências visuais.

 

É o que mostra a pesquisa realizada pela biomédica Bábyla Geraldes Monteiro, do Instituto Butantan.

 

O trabalho avaliou a eficácia da atividade de células-tronco retiradas da parte interna de dentes de leite ao tratar uma lesão na região límbica dos olhos.

 

“É o espaço entre a parte colorida e a parte branca do globo ocular”, explica a pesquisadora. O procedimento adotado busca reconstruir a córnea para, assim, restaurar a visão.

 

A Universidade de São Paulo (USP), à qual o Instituto Butantan está ligado, anunciou recentemente a criação de um laboratório para produzir células-tronco a partir de dentes de leite.

 

Leia o artigo na Íntegra.

 

Fonte: Diário sa Saúde.

 

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=celulas-tronco-dentes-leite-lesao-ocular&id=5632&nl=nlds

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Células Tronco V.

Vejam como existem inúmeros fatores para que o avanço destas pesquisas progridam para uma realidade.

 

A equipe recolheu amostras de sangue do cordão umbilical e do próprio cordão das crianças e submeteu esses dois tipos de material biológico a um tratamento que permite encontrar as chamadas células-tronco mesenquimais, capazes de se transformar em vários tipos de células. Conseguiram extrair as células mesenquimais de todas as dez amostras de cordão, mas só de uma das de sangue. “Agora já temos cerca de 30 amostras”, conta Mariane Secco, primeira autora do artigo, “e as proporções se mantêm: extraímos células-tronco mesenquimais de 100% das amostras de cordão e de somente 10% das de sangue”. “E esse rendimento de 10% cai depois que o sangue é congelado”, completa Oswaldo Keith Okamoto, do departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), co-autor do artigo.

 

Leia o artigo na íntegra. 

 

Fonte: Fapesp.

 

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=4278&bd=2&pg=1&lg=

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Células Tronco IV.

A cada notícia sobre células tronco aumentam as esperanças de inúmeros doentes. Estas células têm indicação de uso para pacientes com doenças degenerativas, de acidentes ou situações que tenham colocado o ser humano com danos permanentes.

 

A maior polêmica em torno destas pesquisas é a questão do uso de embriões para testes. São muitos os ativistas que condenam seu uso.

 

A ciência não pode esperar. Baseado nisso, pesquisadores norte americanos conseguiram produzir células tronco a partir de tecidos humanos, são as células tronco pluripotentes induzidas (iPS).

 

Estas células adultas são reprogramadas, voltando ao seu estado original embrionárias, podendo então se transformar em quaisquer outras células, ou seja, em qualquer outro tecido humano. Com este estudo, foi dado um grande passo para a produção de células tronco sem a necessidade do polêmico uso de embriões.

 

Segundo os pesquisadores, o uso das células tronco, serão inicialmente em torno do desenvolvimento de medicamentos para uso em seres humanos. O cientista James Thomson afirma que, provavelmente ainda demandará uns 10 anos para o uso tornar-se efetivo.

 

Nas pesquisas cientificas as coisas podem alterar-se, vamos crer que isso possa acontecer num menor espaço de tempo. Isso com certeza aumentariam a esperança de tantos, que lutam pela manutenção de suas vidas com melhor qualidade.

 

Fonte:www.estadao.com.br 
 

 

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Células Tronco III.

Quatro pacientes com enfisema pulmonar em estágio avançado estão participando dos primeiros testes de uma terapia inédita com células-tronco que está sendo realizada por pesquisadores da Unesp em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.

 

O material destinado a regenerar o órgão lesionado é obtido a partir da medula óssea dos próprios doentes. A pesquisa inédita está sendo coordenada pelo Dr. João Tadeu Ribeiro Paes.

 

Também conhecido como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), o enfisema pulmonar é causado principalmente pelo tabagismo e atinge cerca de sete milhões de brasileiros. Por ano, a moléstia provoca cerca de 265 mil internações, com taxa de mortalidade de 10%. "Essa doença incurável tem como principal característica a obstrução do fluxo de ar nos pulmões, resultante da redução do número de alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas", diz Paes.

 

Regeneração dos tecidos pulmonares:

 

Aplicada em ratos com enfisema induzido, a terapia conseguiu regenerar o tecido pulmonar 54 dias após seu início. "Os resultados iniciais foram bastante animadores e indicam uma esperança para os pacientes com a doença", afirma Paes.

 

Os pacientes estão sendo tratados desde o final de abril no Instituto de Moléstias Cardiovasculares, de São José do Rio Preto (SP). Durante alguns dias, eles receberam medicamentos para estimular a produção de células-tronco na medula óssea.

 

Após esse período, cerca de 150 ml de células da medula foram extraídas por meio de uma punção na altura da bacia. Depois de passarem por processos laboratoriais, 30 ml dessas células foram misturadas ao soro e injetadas no paciente por uma veia periférica do braço. A primeira aplicação de células-tronco ocorreu no início de maio. Segundo Ribeiro, ainda não se sabe como elas migram para o tecido lesado.

 

Primeiros testes em humanos:

 

A expectativa é que os primeiros resultados sejam percebidos em quatro meses, quando a regeneração do tecido pulmonar deverá estabilizar o avanço da doença e melhorar o funcionamento dos pulmões. O teste também avaliará se a terapia não vai agravar o estado do paciente. Ribeiro diz que ainda não há relatos científicos de experimentos desse tipo em pulmões de humanos.

 

Somente na Unesp há 20 grupos de pesquisadores que estudam os efeitos das células-tronco em várias doenças. Em Botucatu, uma membrana cicatrizante produzida com esse tipo de células já foi aplicada com sucesso em mais de 300 pacientes com úlceras.

 

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Células Tronco II.

Pesquisadores brasileiros acabam de realizar um feito inédito rumo ao uso de terapias celulares para tratar doenças pulmonares. Um grupo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizou com sucesso o primeiro transplante de células-tronco em um paciente com silicose, doença sem cura nem tratamento que causa insuficiência pulmonar e afeta cerca de 6 milhões de pessoas no Brasil.

 

A silicose é causada pela inalação do pó de sílica, um dos óxidos mais abundantes da crosta terrestre e que ocorre na forma de areia, pedra e quartzo, entre outras. As vítimas são na maior parte trabalhadores da construção civil, mas a doença afeta também empregados da mineração, do garimpo e de indústrias de transformação de minerais, metalúrgica, química, de borracha, de cerâmica e de vidro.

 

Ao ser inalada, a sílica vai para o pulmão, onde os macrófagos (células que englobam e digerem elementos estranhos ao corpo) tentam digeri-las sem sucesso e acabam destruídos. Esse processo causa inflamação e cicatrizes no pulmão, que, em um período de 20 a 30 anos, evoluem para insuficiência pulmonar grave e até a morte.

 

Paciente n.º 1
A equipe da UFRJ, coordenada pelo biofísico Marcelo Morales, do Instituto de Biofísica, iniciou na quinta-feira, dia 20 de agosto, a primeira fase de testes clínicos da terapia celular para a doença. O primeiro paciente recebeu um implante de células-tronco retiradas de sua própria medula óssea e injetadas diretamente no pulmão por meio de broncoscopia (em que um aparelho é introduzido no sistema respiratório pela boca do paciente).

 

“É o primeiro procedimento desse tipo no mundo e podemos considerá-lo um sucesso”, destaca o biofísico. As células-tronco implantadas foram marcadas com tecnécio, um elemento químico radioativo, o que permitiu aos cientistas verificar que elas permaneceram nos pulmões do paciente após o transplante.

 

Segundo Morales, todo o processo – da retirada das células-tronco ao seu implante no pulmão – foi realizado em um único dia no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ. “O paciente passa bem e no mesmo dia já estava comendo e falando”, conta o pesquisador, que recebeu a boa notícia durante a 24ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe).

 

Morales ressalta que o Brasil é pioneiro no tratamento com células-tronco, mas passa hoje por uma nova fase de pesquisa. “Estamos voltados para entender os mecanismos de ação dessas células, de forma a podermos intervir e melhorar o seu uso.”

 

Novas etapas
Nas próximas semanas, a equipe vai repetir o procedimento – que envolve a injeção de 30 a 700 milhões de células-tronco – em outros nove pacientes com silicose. Os voluntários serão acompanhados por um ano para avaliar a segurança do método. Em uma próxima fase, 50 pacientes receberão o transplante para que seu estado clínico seja avaliado. “Mas só depois da terceira fase, em que acompanharemos mil pacientes de vários estados, poderemos verificar a eficácia da terapia em humanos”, diz Morales.

 

“Se tudo der certo e se continuarmos recebendo verbas, acredito que daqui a quatro ou cinco anos a terapia chegue à população”, prevê o pesquisador. Ele ressalta que o início dos testes só foi possível graças ao apoio financeiro da Faperj e do Ministério da Saúde.

 

O grupo espera que a terapia celular em humanos repita o desempenho obtido em testes in vivo. Experimentos feitos em ratos e camundongos durante cinco anos pararam a progressão da doença. “A silicose não tem cura nem tratamento, mas será possível impedir a evolução da doença e melhorar a qualidade e a expectativa de vida do paciente”, aposta Morales. E completa: “Esse estudo abre uma nova perspectiva para o tratamento de doenças respiratórias no Brasil, como a asma e a síndrome do desconforto respiratório agudo.”

 

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Células Tronco I.

Com certeza está será uma das maiores revoluções, como outras já ocorridas na medicina e porque não dizer, na própria evolução da espécie humana. Só que, antes de qualquer coisa, mesmo sabendo da urgência de milhares de pessoas com doenças degenerativas e outras tantas moléstias degradantes para a condição da vida, rigorosos testes são necessários.


 
Na Rússia pela primeira vez um garoto de 17 anos, portador de uma doença neurodegenerativa, que fatalmente o levaria a uma paralisia total e conseqüentemente à morte, é agora portador de dois cânceres exatamente nas áreas receptoras destas células tronco recebidas. O que provavelmente aconteceu com o rapaz, é que estas células se multiplicam de maneira rápida e desordenada, podendo ter acarretado o surgimento dos tumores.

 

As células tronco são capazes de se transformarem em praticamente quaisquer tecidos do corpo humano. As de eleição são as embrionárias e as fetais. Até hoje não há um protocolo seguro para uso dessas terapias em seres humanos. No entanto, países como China, Rússia e Ucrânia estão vendendo falsas esperanças à pacientes com doenças crônicas e incuráveis, diante da falta de critério. Os pacientes muitas vezes no desespero permitem seu uso, servindo-se quase que como cobaias de laboratório.

 

A única experiência válida e segura até o momento é o uso de células tronco do próprio paciente (medula), proporcionando uma segurança frente aos riscos de rejeição e outras complicações.

 

Ainda este ano, os Estados Unidos e Inglaterra, possuem a intenção de iniciarem as pesquisas das células tronco em seres humanos, com um específico e rigoroso controle científico. Somente a partir destas pesquisas e liberação para o uso é que poderemos fazer uso desse novo tratamento. Não sabemos ainda, quanto tempo ainda teremos que esperar para o uso seguro das células tronco. Entendam que, um tratamento para uso em toda uma população, precisa de resultados conclusivos. O que temos ainda, é o uso destas terapias com assinaturas de termos de responsabilidade isentando quaisquer culpados frente ao que pode ocorrer.

 

Portanto fica claro que, submeter-se a experiências sem embasamento científico, pode acelerar ou criar outros problemas, os quais poderão abreviar a condição de vida.

 

 

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