Periodontite

Estudos da doença periodontal I.

A descoberta de uma nova abordagem para as pesquisas genéticas envolvendo doenças periodontais rendeu a um grupo de cientistas liderado pelo professor Gustavo Pompermaier Garlet, da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, o “Prêmio de Impacto Clínico” outorgado pela Academia Americana de Periodontia (AAP). Por meio desta nova abordagem, o grupo descobriu cinco genes associados a uma maior suscetibilidade para a ocorrência da periondontite, e um gene que confere uma resistência maior para o desenvolvimento da doença.

A periodontite é caracterizada por uma inflamação na gengiva (gengivite). Esta inflamação pode evoluir e se tornar crônica, levando à destruição dos tecidos de suporte dos dentes (parte da gengiva, do ligamento periodontal – que liga o osso ao dente – e do osso alveolar). Esse quadro (periodontite) pode levar à mobilidade dentária e, em estágio avançado, ocasiona a perda total dos dentes, além de se mostrar associado a algumas alterações sistêmicas, como diabetes e problemas do sistema cardiovascular.

Garlet explica que outros cientistas já haviam tentado associar a doença com aspectos genéticos, mas os resultados eram sempre negativos ou inconsistentes. Isso acontecia porque as pesquisas sobre periodontite costumavam utilizar dois grandes grupos: pessoas com e sem a doença. Na comparação genética entre esses grupos, os resultados apontavam que os genes não tinham nenhuma ou pouca influência no desenvolvimento da doença, ou ainda não ofereciam base para se obter uma resposta precisa. Esses pesquisadores não levavam em conta a existência de pessoas com gengivite crônica que nunca desenvolviam periodontite e não associaram esse fato a um possível gene que representasse um fator protetor contra a doença.

Leia o artigo na íntegra. 

Fonte:  Biotec.

http://www.biotec.org.br/?p=4133

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Doenças gengivais X Colesterol.

A Universidade Estadual de Campinas, no interior do estado de São Paulo, em recente pesquisa, colheu amostras de pacientes que tinham vasos sanguíneos obstruídos e que precisavam de algum tipo de intervenção cirúrgica.

O que descobriram é que 60 % dos pacientes tinham microorganismos de origem bucal no sangue. Desta forma, insere-se no perfil do portador de doenças cardiovasculares, a doença gengival como um dos agravantes do quadro clínico.

Além disso, as bactérias responsáveis pela doença gengival, quando entram nos vasos sanguíneos, aderem-se às moléculas HDL (colesterol bom) e as destroem. Neste momento estas moléculas deixam de “ajudar” a proteger as artérias através de seu combate ao colesterol ruim (LDL). Este acaba circulando livremente, aumentando os níveis de colesterol e assim o risco de distúrbio cardiovasculares.

Portanto, é fundamental que as pessoas se conscientizem que bem estar e saúde é um conjunto de atitudes que convirjam no cuidado da saúde em um todo.

Para os pacientes que não possuem mais os dentes e apenas implantes, é importante salientar que peri-implantite é uma afecção localizada em torno do implante e que contém basicamente as mesmas bactérias das doenças gengivais. Ou seja, quem tem implantes também deve ter muita atenção a qualidade de sua higienização e consultas periódicas no cirurgião dentista são fundamentais para manutenção da saúde bucal.

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Correlação entre Periodontite e Arterosclerose.

Há evidências científicas apontando uma relação entre a periodontite e o desenvolvimento da aterosclerose em humanos, um dos fatores de risco mais importantes para a doença cardiovascular.

 

Esta é a conclusão de uma revisão sistemática de nove publicações de pesquisas realizada em um estudo feito pela dentista Adriana Paiva Camargo Saraiva, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP.

 

A revisão identificou também que o tratamento periodontal é benéfico para controlar os riscos de desenvolvimento da aterosclerose.

 

O objetivo da revisão foi analisar as evidências científicas encontradas nos últimos dez anos entre a periodontite e aterosclerose em pessoas adultas.

 

O estudo é importante para subsidiar os profissionais de saúde no tratamento e na reflexão sobre a atenção à saúde do indivíduo como um todo, incluindo a saúde bucal.

 

Leia o artigo na íntegra.

 

Fonte: Diário da Saúde.

 

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=periodontite-aterosclerose&id=5249&nl=nlds

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Diferenças entre Gengivite e Periodontite.

As formas mais comuns das doenças da gengiva são: Gengivite e Periodontite.

Existem variações quanto às doenças em si. Havendo ainda, variações dentro das doenças. São várias as formas de classificação das doenças, dependendo dos quadros clínicos presentes nos pacientes.

Este artigo pretende apenas, diferenciar as implicações que cada uma trás e quais as diferenças básicas entre elas.

Um ponto importante é que ambas as doenças, são causadas por agentes multifatoriais, porém tem em comum, a presença da placa bacteriana. Não há doença gengival sem presença de acúmulo de bactérias, na forma de placa bacteriana. Invariavelmente, os pacientes acometidos de doenças da gengiva, fazem má higiene bucal ou pelo menos deficiente, frente as suas necessidades.

Importante observar, a Gengivite será sempre a primeira doença a aparecer, para depois então, com o agravamento desta, se instalar o quadro clínico de Periodontite. Entenda, ninguém tem Periodontite sem ter sofrido anteriormente de Gengivite. Este é um ponto importante, pois quase sempre os pacientes quando vão ao Periodontista (especialista de doenças da gengiva) tem um histórico de manutenção ou de que frequentavam consultórios odontológicos. Então o que houve?

Há estágios de gengivites que podem evoluir para formas mais graves em um curto espaço de tempo, frente à "fadiga" do sistema imunológico, diante de interrupto quadro bacteriano, aliado a outros fatores que fadigam o corpo a evoluir para periodontites.

Nas gengivites a inflamação se dá na margem da gengiva não invadindo a região onde o dente se "sustenta" no osso. Após tratamento, mediante diagnóstico específico, de qual gengivite o paciente esta acometido, a cura se dá sem deixar sequelas.

Nas periodontites a inflamação se dá além da margem gengival, há invasão das bactérias no periodonto, local acima citado, onde o dente se "sustenta". Neste caso, invariavelmente temos perda de tecidos importantes para a manutenção do dente. Tal perda está diretamente ligada ao tipo de periodontite que o paciente é portador e ao tempo em que a doença esta instalada.

Quase sempre há a presença de sangramento, em ambas as doenças. Os fatores anatômicos, a formas e qualidades do tecido gengival, podem por vezes encobrir um estado de doença. Por isso é importante, nas consultas de rotina em consultórios odontológicos, a observância de possíveis doenças gengivais.

No final dos tratamentos de gengivites, como foi dito anteriormente, não se observa perdas teciduais, enquanto que, nas periodontites as perdas ficam instaladas, podendo haver alguma recuperação tecidual. Para estabelecimento da situação inicial da boca, nos casos de periodontites, após cura, devemos partir para os tratamentos de recomposição de osso e gengiva, tecidos mais acometidos pela doença. São tratamentos cirúrgicos de custo elevado e com limitações de resultados.

Fica claro mais uma vez que, a prevenção é a melhor forma de manter-se com a cavidade bucal sadia.


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