Magia

RATATOUILLE em sua fantasia com CRÍTICOS.

Na Introdução do post, afirmei que alguns desenhos podem informar e ajudar a formar o caráter de uma criança. Acredito também que, é no dia a dia, com conversas, ensinamentos, aprendizados, observações, convivências, participações, amor, atenção e tantos outros ingredientes fundamentais, que construímos o caráter e contribuímos na formação da personalidade das crianças. Em Ratatouille, vemos episódios que servem como temas de conversas e explicações, sobre situações das condições humanas.

Vivemos no mundo dos fortes, e altamente críticos em relação aos mais fracos. Tal fato dificulta a aceitação daquilo que foge aos padrões conservadores, que nos foram introduzidos. As conversas são importantes para despertarmos nas crianças, antes que cresçam, que há muita coisa além dos modismos, e formas globalizadas destes valores, os quais podem e devem ser vistos, com olhos mais amenos às críticas e julgamentos.

Há algum tempo, eu tinha vontade de escrever algumas linhas sobre a pressão da sociedade dominante, que dita às regras. Recentemente fui visitado por uma das minhas primeiras pacientes que muito me honrou com suas colocações. Sabe, o que ocorre na mais dura realidade é que se você não tem uma aparência “bacana”, se seu cabelo, pele e dentes não fizerem parte desta conformidade, você terá grandes dificuldades para vencer socialmente. É uma verdade estampada, e maquiada que existe.

Os menos favorecidos são os que mais sofrem com tantas cobranças, com os CRÍTICOS da vida.

Sensibilizei-me com sua condição humana, como mulher, esposa, mãe, trabalhadora, e cidadã brasileira que sofre críticas e preconceito social, diante de sua condição odontológica. Pouco pude fazer para ajudá-la, cabendo-me apenas viabilizar o tratamento possível.

Segue abaixo o trecho do desenho no personagem de Anton Ego, um crítico gastronômico, que aprendeu com a lição que a vida lhe proporcionou. Mesmo sendo uma obra sobre ratos que cozinham, críticos gastronômicos, e tantas outras fantasias e ficções ali presentes, não há como negar uma relação direta, com fatos da vida real.

“De certa forma, o trabalho de um crítico é fácil, nos arriscamos pouco, e temos prazer em avaliar com superioridade os que nos submetem seu trabalho e reputação. Ganhamos fama com críticas negativas, que são divertidas de escrever e ler, mas a dura realidade que nós críticos devemos encarar, é que no quadro geral, a mais simples porcaria, talvez seja mais significativa do que a nossa crítica. Mas há vezes em que um crítico arrisca de fato alguma coisa, como quando descobre e defende uma novidade. O mundo costuma ser hostil com os novos talentos e as novas criações – O novo precisa ser incentivado -“

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A Magia do Cinema I.

O cinema ainda pode ser um lugar onde você se desliga do mundo real e liga-se profundamente a uma história que esta sendo mostrada na tela.

Para alguns é muito mais do que um local para passar o tempo, há como você sentir as emoções propostas pelos criadores do filme. Pode-se ir além da nossa imaginação, sonhar, seguir em frente da forma que escolher.

Aí depende da sensibilidade e momento de cada um.

Recentemente assisti a um desenho chamado: “Up, altas aventuras“.

É um desses desenhos que você nunca esquece. Trata-se de uma linda aventura, onde podemos observar o envolvimento de um casal, na construção de uma família, mesmo não tendo sidos abençoados por filhos. Levam a vida de uma forma afetuosa e discreta.

Em Up, a história gira em torno do amor, família, saudade, amizade, sonhos, respeito, aventura e superação.

Após o término da sessão, provavelmente você sentirá aquela sensação de saudade, de algo que você já perdeu ou ainda tem. Nossa, como é ter saudade de algo que você tem?

Este é o ponto. A vida passa depressa, muitas vezes estamos tão envolvidos nas questões “necessárias para nossa existência”, que perdemos o foco das coisas mais simples porém fundamentais.

Mas como um simples desenho pode traduzir tantas coisas?

Pois pode sim, ocorre é que passamos muitas horas, dias, meses e até anos, sendo sobrecarregados com as obrigações que nos são impostas, como sendo as mais importantes. Algumas sem dúvida alguma, são mesmo, mas tantas outras foram impostas como importantes e fundamentais, e praticamente nos levam, todos juntos, a um mesmo ponto.

E a individualidade de cada um, onde fica. Perdeu-se no vício do copiar e colar, exatamente como na informática.

E você o que quer, o que pensa, o que aspira, o que ama?

Não será um desenho que afetará qualquer um de nós, mas se pudermos “perceber” as mensagens ali colocadas, propostas ou não, poderemos parar para pensar um pouco nas coisas mais importantes que somos e temos.

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