Família

Engraxando sapatos.

Há quanto tempo você não vê alguém engraxando sapatos?

O que mais lhe vêm na memória deste pequeno e nobre ato cultural que praticamente desapareceu?

Será que todos nós deveríamos voltar a engraxar sapatos?

Já faz tempo, mas tenho em minhas lembranças aquela pequena caixa velha de algum sapato que se fora, com as graxas, pincéis, escovas e flanelas que meu pai guardava com tanto carinho. Normalmente era aos domingos a tarde que ele pegava seus dois pares de sapatos e começava um ritual que tinha cor, cheiro, som e conversa.

Era um momento que além da minha admiração, era uma hora de conversa sobre coisas que seriam certas de se fazer. Com certeza aquele ritual tinha algo a mais do que o simples ato de passar à graxa e lustrar. Ali, além da minha profunda admiração por ele, começava a entender que cuidar das coisas, apresentar-se limpo e bem apresentado era uma das características marcantes do meu pai.

Os ensinamentos iam muito além de tudo aquilo, o conjunto da obra se iniciava com o ato dos sapatos, mas as conversas e os ensinamentos percorriam todo um cotidiano de uma criança que com poucos momentos junto ao pai, apreciava sua obra e suas palavras.

Era ali, também, que o caráter de uma criança era reforçado e polido. Era presente o som da escova que insistia em fazer o sapato brilhar e em um ritmo confiante e consistente,  tinha minha chance de ouvir alguns dos tantos ensinamentos que precisava.

Nada de saudosismo, nada de viver no passado, nada de enxergar pelo retrovisor, mas quantas coisas que eram boas e necessárias perderam-se na modernidade, no tempo que não há…

Tenho meus momentos, quase que exclusivos com meu filho. De alguma forma achei situações e momentos onde nos olhamos de frente, olho no olho e dividimos experiências. Nos dias atuais, além de formador de opinião, assim como meus pais, é importante deixarmos nossas crianças se expressarem.

O que eles têm a nos dizer?

O que eles têm a nos perguntar?

O que eles têm a nos questionar?

O que eles querem ser quando crescerem, quais seus padrões e parâmetros do que é certo ou errado?

Você sabe quem é o ídolo do seu filho? A quem ele admira?

Os super heróis da Marvel são importantes sim, mas quais pessoas reais, ou quase reais, ele admira e utiliza de alguma forma para se espelhar!

Pensamentos intrigantes de um mundo que precisa de mais olhares e conversas tênues e seguras.

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O que eu não faria com, e por você.

Você já observou a forma sentimental e comportamental, dos pais com filhos especiais, aqueles que possuem algum tipo de deficiência, dificuldade ou restrição?

Podemos citar: amor incondicional, tolerância, paciência, aprendizado, ensinamento, dedicação e muita, mas muita convivência, fazendo desse ser uma pessoa feliz e realizada.

É emocionante ver pessoas agindo desta forma para com os filhos, mas há quem diga que se fizéssemos isso com as crianças não especiais, estaríamos criando seres mal acostumados, mimados, sem limites e etc.

Bom, pode ser que, num primeiro momento possa parecer que assim seria, mas esquece-se de um importante detalhe; estamos falando de doação e entrega de sentimento, emoção, amor e não coisas materiais.

Desde quando amor, tolerância, paciência, aprendizado, dedicação e convivência se podem comprar? Se tais sentimentos estivessem à venda, seriam sentimentos falsos, superficiais e apenas pontuais, pagou levou.

Pois é, muito mais do que vídeo game, brinquedos, roupas, babás e monitores, as crianças precisam é de pai e mãe, ou do responsável em criar. Pai, mãe e responsáveis, não sendo patológicos, criarão e deixarão  se criarem.

Claro, as crianças também precisam saber se virar, encarar a vida que um dia, terá rédeas em suas mãos, porém o que foi dito antes, é que o amor e a dedicação às ajudarão a serem fortes, com os valores da vida e da família. Todas terão condições de fazerem o melhor para com seus filhos, quando o momento chegar.

Este post baseia-se na história de pessoas que tem filhos especiais e que fazem a diferença com muito AMOR.

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Preconceito.

Em tempos de tantas lutas pela inclusão de direito iguais para os “desiguais”, os menos favorecidos, diferentes ou fora daquilo que nos foi informado e conceituado, é preciso ter coragem para sermos honestos, com nossas convicções.

Há uma frase que detalha o seguinte pensamento: ”A verdade nem sempre foi feita para ser dita”.

Mas…

Muito mais do que combater o preconceito à homofobia, o racismo, a violência, a intolerância, desamor, desrespeito ao próximo e ao diferente; o que vemos é que, parte desses movimentos possui outros tipos de interesses. Neste caso, “a causa” perde sua força em pouco tempo; basta uma nova tragédia, para que a anterior saia dos noticiários e caia no esquecimento.

É necessário termos muito cuidado com o que falamos ou escrevemos, pois tem gente que só está aí para interpretar de forma errada e conveniente alguns pensamentos expostos.

Muitos políticos se arvoram em defender classes menos favorecidas, em busca de seus interesses e aliando-se a setores da sociedade que podem trazer-lhes algum benefício.

Creio que, todos nós, temos alguma forma de conceitos ou preconceitos impróprios ao que é diferente daquilo que temos como referência, seja a cor da pele, o tipo de cabelo, a forma e as dificuldades físicas que cada um possui, seja o nível de estudo, o cheiro que cada um exala, as roupas que usa, o carro que possui, as viagens pode fazer, a condição social ou escolha sexual, ou até o gênero de música que ouve; enfim, uma porção de coisas, que se forem muito diferentes do que cada um considera o certo, o outro passa a ser diferente.

Assim se inicia o processo de preconceito, e não importa o título recebido , pois diante das atitudes de repugnância surgem as consequências .

Bom, até ai nada muda; na infância, quando a criança, ainda inocente, inicia suas escolhas, por observações e sensações, ainda primárias e menos valorizadas, do que na vida adulta. Chega à adolescência, e com ela começam a aparecer de forma mais aguda, os primeiros sinais de intolerância.

Cabe aqui aos pais, professores e adultos próximos do adolescente, orientá-lo e ensiná-lo, de que somos todos iguais, embora com formas e comportamentos diferentes. O respeito deve existir, embora ninguém seja obrigado a orientar-se por nada que lhe desagrada.

Esse é o ponto!

Honestamente, se fossemos uma nação católica e tolerante, como desejam fazer com que pareça; tão cheia de calor e amor, tão acolhedora a todos os povos, como dizem, não precisaríamos de programas para aceitação dos negros, homossexuais, miseráveis, sem terra, teto e sei lá mais a quem.

Ainda temos um longo caminho a percorrer até nos tornarmos uma nação de verdade; as desigualdades são muito grandes, e essa sensação de que todos podem roubar, enganar, mentir para se dar bem, mina o discurso, de quem tem caráter, virtude e tenta caminhar pelo lado correto.

Esse processo deve iniciar-se em casa, é a tal da educação de base familiar. Ainda acredito na educação de berço, lembram-se desse termo?

Mas aqui, e em tantos outros lugares, as coisas não funcionam assim. Se puderem observar, com olhos mais abertos, verão que em seus ambientes de trabalho, amigos e familiares, podem estar vivenciando, algo relacionado ao tema.

É  dentro das nossas casas, entendendo as pessoas a nossa volta, na escola, no trabalho, no lazer, em cada espaço que ocupamos, podemos dar exemplos processo de aceitação sem descriminação.

E as crianças, nos copiam…

Cada ser pode e deve aceitar o que bem lhe convier, mas um NÃO CONCORDO, não pode ser manifestado e aceito, através da violência. Da mesma forma que, devemos poder ser livres na forma de expressão, ao que achamos justo.

Quando começam a criar muitas leis e regras disto ou daquilo, vê-se aumentar as manifestações de ignorância, violência, e rejeição, por algo que vem imposto, e em desacordo com a opinião de outros.

Estamos desaprendendo de conviver socialmente, há uma impaciência geral com tudo.

Há pessoas que se valem demais através de valores supérfluos. Ainda há pessoas que se balizam demais nas aparências, influenciados por opiniões pessoais de outros, ou ainda pela força da mídia capitalista. Aos poucos, vemos ruir uma sociedade desprovida de preconceitos em sua origem, onde não havia modelos ideais.

É claro que há muitas distorções de comportamento, mas é preciso olhar com olhos menos críticos, pois muitas vezes esses exageros são determinados justamente pela necessidade dos diferentes se imporem, para serem aceitos.

Devemos agir e enfatizar aquilo de bom que existe em cada um, buscando uma maior harmonia entre todos.

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A mesa.

Em recente conversa, sobre a disposição de se alcançar sucesso ou o sonho de vida, ocorreu-me uma lembrança muito forte e presente, pois faz até hoje, parte da minha trajetória, profissional e como ser humano; minha primeira mesa como dentista, recém formado.

Volto no tempo, para uma pequena explanação, pertinente ao tema.

Lembro-me da primeira mesa que ficou marcada em minha vida, foi uma pequena e simples mesa de cozinha onde, além de minhas primeiras refeições, era um lugar de brincadeiras. Eu e mais tarde, meu irmão, fazíamos acampamentos debaixo dela. Cobríamos seu tampo com um lençol e ficávamos embaixo “acampando”, contando histórias imaginarias e comendo as guloseimas que tínhamos disponíveis em casa.

Eram tempos de muita felicidade.

Com o passar dos anos, mudamos a mesa, trocamos por mesas mais requintadas; ainda brincávamos, mas havia outras finalidades para seu uso, refeições com toda a família, a união, as conversas, os acertos necessários, enfim a unidade familiar.

Fomos crescendo, mas os encontros na mesa de casa foram ficando mais difíceis.

As crianças da casa já eram jovens, cresciam por conta própria. Muitas vezes, tínhamos que marcar dia e hora, para nos reunirmos como antes.

Ainda era a mesa da casa, um ponto forte de reunião familiar. Algumas boas, outras nem tanto, mas éramos uma família.

A importância, o respeito, e o entendimento do significado da “mesa” na vida de cada um, fora compreendido.

Quando me formei, comprei minha primeira mesa de trabalho. Não tinha muito dinheiro, ou melhor, tinha bem pouco. Era um tempo onde ainda não entendia a questão mercadológica, nem me importava em impressionar alguém.

Fui à busca dela, numa loja de móveis usados, no centro da minha cidade. Achei a mesa e a cadeira, no valor exato que eu tinha.  Colei suas lascas de madeira, pintei seus pés, passei graxa para igualar a cor. Estava feliz, realizado pela compra e recuperação que fiz em minha primeira mesa. Não tinha a exata dimensão e nem me importava, com o que os pacientes poderiam pensar sobre ela.

Havia um orgulho enorme em ter conseguido minha primeira mesa.

Essa mesa me trouxe vários pacientes, consegui ganhar meus primeiros honorários como dentista. Os pacientes estavam próximos ao profissional. Não havia distanciamento entre nós, minha mesa colaborava para isso.

Quando consegui ganhar um pouco mais, fiz minha primeira troca de aparelhos do consultório, comprei uma mesa maior; mas ainda assim, era simples, só que dessa vez, nova. Foi um grande salto para mim.

Tornava-me mais profissional, mantinha uma aparência melhor, que sabia ser importante no dia a dia.

A mesa é um lugar sagrado, dentro da sua casa, no trabalho ou em qualquer ambiente que esteja.

Deveríamos prestar mais atenção ao teor de nossas conversas, às pessoas que se sentam junto a ela, e acima de tudo, respeitar cada momento em torno da mesma.

Minha mesa atual tem 16 anos, eu a adoro, é clássica e me trouxe inúmeras alegrias. Nessa compra houve um fato interessante; quase comprei a mesa errada.

O proprietário da loja estava me atendendo e insistia  na venda de uma mesa muito imponente, fria, enorme. Era tão grande que, de um lado para o outro, não havia chance de um aperto de mão. O tampo era enorme e distanciava as pessoas.

E foi isso que ocorreu na hora de despedir-me do proprietário da loja, não consegui chegar até o aperto de mão.

Mesmo com todos os apelos comercias do dono, percebi que aquela mesa não era para mim.

Definitivamente, esse distanciamento para com as pessoas, não é a forma de eu lidar com meus pacientes e pessoas que recebo.

Comprei uma menor, essa que tenho até hoje, e que não vejo necessidade, nem tenho vontade, de trocar.

Estas palavras, com muitas informações pessoais, foram escritas para valorizar o quanto é importante conviver, olhar, ouvir, receber, estar próximo e conectado com as pessoas que se sentam em torno de nós, partilhando a intimidade de uma mesa.

Não importa o tamanho da mesa, o material estrutural, ou a beleza, o que vale, são as condições humanas que cercam os relacionamentos. Cada vez mais, devemos recorrer ao que era comum e importante em nossa vida familiar. As refeições em família, as reuniões com amigos e parentes, as conversas para acertos necessários, enfim a convivência com as pessoas que amamos e fazem parte da nossa vida cotidiana, ou não.

Não precisamos de mesas imponentes, precisamos de mesas com pessoas adoráveis.

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Eliane Brum em: “Meu filho, você não merece nada.”

Para ler, refletir, perceber e avaliar!

Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

Leia o artigo na íntegra.

Fonte: Época.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00-MEU+FILHO+VOCE+NAO+MERECE+NADA.html .

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Sinto medo de político!

Recebi esta semana, um desses PPS que rodam pela internet, e que por pouco não paro para ver. Pela importância do tema, estou postando um novo texto, relacionado à atual condição humana, que alguns de nós vivemos.

Na minha infância meus medos eram relacionados ao homem do saco, a alguns personagens dos livros de leitura, ou ainda pequenos desafios a vencer, Eram medos comuns, normais Foram inofensivos e necessários em minha vida, assim como, na vida de qualquer outra criança, que tenha tido a oportunidade de sonhar, imaginar, e viver sua infância na maior plenitude possível. Fato que deveria ser possível a todos.

Fui crescendo, tornei-me adulto e os medos infantis e juvenis se foram, mas descobri depois de tantas histórias contadas, ouvidas e vistas nos mais diversos meios de comunicação, que tenho medo, medo de políticos.

Nossa, fazia tempo que não sentia aquele nó na garganta, frente a tantas coisas erradas e tanta falta de vergonha de alguns dirigentes deste país. Ainda consigo usar o termo “alguns dirigentes”, mas confesso que o faço para não perder a esperança. Ouvi de uma pessoa idosa, com muita sabedoria, a afirmação de que hoje, as pessoas não sabem mais o que é pudor.

Digam-me: Qual é o país que pretende ser uma nação de verdade (sem números incontáveis de riquezas ou de quantidade disto e daquilo por habitantes), e não trata seus filhos com respeito, dignidade, amor?

A resposta é que são poucos, muito poucos, mas aqui em nosso Brasil, os dirigentes nos tratam como idiotas, frente à impunidade e a corrupção em todos os setores.

Os bons parecem ser minoria, que me perdoe o comercial da Coca-Cola, o qual é de encher os olhos e o coração de esperança.

Hoje o que vejo e sinto é que o não se trata de pessoas corruptas, o sistema é assim, doente, deformado. Dessa forma a situação fica muito mais grave, já que caso alguém tente fazer algo para mudar algo, encontrará além de dificuldades inimagináveis, pode por em risco até a vida.

Alenta-me é a certeza de que, ainda temos algumas pessoas que lutam pelo seu ideal, assim como muitos de nós que estamos em nosso dia a dia fazendo nossa parte, colocando valores na educação de nossos filhos, com esperança num mundo melhor.

Divido com vocês o texto que recebi cuja autoria desconheço, e que tanto reflete meus sentimentos:

“Fui criado com princípios morais comuns: quando eu era pequeno, mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades dignas de respeito e consideração. Quanto mais próximos ou mais velhos, mais afeto. Inimaginável responder de forma mal educada aos mais velhos, professores ou autoridades… Confiávamos nos adultos porque todos eram pais, mães ou familiares das crianças da nossa rua, do bairro, ou da cidade…

Tínhamos medo apenas do escuro, dos sapos, dos filmes de terror… Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo aquilo que perdemos. Por tudo o que meus netos um dia enfrentarão. Pelo medo no olhar das crianças, dos jovens, dos velhos e dos adultos.

Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos. Não levar vantagem em tudo significa ser idiota. Pagar dívidas em dia é ser tonto… Anistia para corruptos e sonegadores… O que aconteceu conosco? Professores maltratados nas salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas. Que valores são esses? Automóveis que valem mais que abraços, Filhas querendo uma cirurgia como presente por passar de ano. Celulares nas mochilas de crianças.

O que vais querer em troca de um abraço? A diversão vale mais que um diploma. Uma tela gigante vale mais que uma boa conversa. Mais vale uma maquiagem que um sorvete. Mais vale parecer do que ser… Quando foi que tudo desapareceu ou se tornou ridículo? Quero arrancar as grades da minha janela para poder tocar as flores! Quero me sentar na varanda e dormir com a porta aberta nas noites de verão! Quero a honestidade como motivo de orgulho. Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olhar olho-no-olho.

Quero a vergonha na cara e a solidariedade. Quero a esperança, a alegria, a confiança! Quero calar a boca de quem diz: “temos que estar ao nível de…”, ao falar de uma pessoa. Abaixo o “TER”, viva o “SER” E definitivamente bela, como cada amanhecer. E viva o retorno da verdadeira vida, simples como a chuva, limpa como o céu de primavera, leve como a brisa da manhã! Quero ter de volta o meu mundo simples e comum.

Vamos voltar a ser “gente” Onde existam amor, solidariedade e fraternidade como bases. A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito… Construir um mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem as pessoas. Utopia? Quem sabe?… Precisamos tentar… Quem sabe começando a encaminhar ou transmitindo essa mensagem… Nossos filhos merecem e nossos netos certamente nos agradecerão!”

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Pai, começa o começo!

Quando resolvi iniciar este trabalho do site sabia que o desafio seria grande. Teria que criar um tempo para dedicar-me de corpo e alma neste projeto. E os frutos que tenho colhido são incríveis.

Há dias que além de todos os atributos familiares e profissionais a quantidade de informações que recebo fica difícil escolher o que vale a pena. Há temas que são postados por causa própria.

Este texto que recebi merece ser compartilhado com os que ainda acreditam.

Texto de autoria desconhecida e obtido por diversos sistemas de busca na internet:

“PAI, COMEÇA O COMEÇO!”

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: – “pai, começa o começo!”. O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.

Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis…

Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava à certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.

Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus: “Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.

Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”.

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Dizendo NÃO.

Que os críticos de plantão possam entender, mas é muito importante saber dizer NÃO.

À medida que os anos passam, é muito comum, ouvirmos a afirmação de que estamos ficando mais rabugentos, intransigentes, ranzinzas e tantos outros adjetivos que traduzem alguém irritado, aborrecido e retrógrado. Estes adjetivos servem, muitas vezes, para qualificar diferentes estados de espírito de algumas pessoas, mas há os que  sabem dizer NÃO.

Sabe aquele velho ditado, sobre se fazer, ou não, uma pergunta ou um pedido: “O não você já tem, nada perderá se ouvi-lo de novo”. Pois bem, é a mais pura verdade.

O que ocorre é que, se rotulou demais, as pessoas que dizem NÃO. Serão eles seres negativos, que dificultam as mais diferentes relações? Realmente, há muitos deles, que dizem o NÃO apenas para contrariar.

Mas vejam, além da voz enxerguem um pouco mais distante. Os fonemas (sons) são atrelados a gestos, posturas, explicações, conclusões; há os olhos, a pele, a respiração. Sejamos mais observadores, não fiquemos presos apenas ao impacto do NÃO, enquanto palavra.

Uma pessoa madura, construtiva, plena, segura de si, sabe dizer o NÃO e sabe posicionar a razão da negativa, abrindo até as opções mais corretas, na visão dela, para um diálogo produtivo, educativo, sereno e positivo.

Há também o outro lado, o de aceitar o NÃO. Esta também é uma tarefa difícil.

A geração dos anos 40, 50, cresceu ouvindo muitos NÃOS sem razão, um não porque é não. Os anos 60 e 70 fundiram-se na revolta ao NÃO, diziam não ao não, muitas vezes só para contrariar, por rebeldia.

Ai veio os anos 80, 90, alguns mais atentos perceberam que não era suficiente falar o SIM e deixar de dizer o NÃO.

Nossa, foi-se uma geração. Claro, que por sorte e percepção, nem todos aderiram o modismo. Famílias mais atentas escaparam ilesas. Com certeza, por possuírem uma visão mais educadora, segura e conservadora.

Neste começo de um novo século, acredito que muitos já perceberam que podemos dizer o NÃO e devemos recolocar a boa conduta, o bom caráter, o bom comportamento, a boa índole, a honestidade, a perseveranças, a fraternidade, a educação e o respeito por tudo que é vivo à nossa volta.

Não há como negar, se não educarmos nossas crianças, não teremos um comportamento sensato para com os adultos e idosos, nem para elas mesmas, futuros adultos.

Precisamos olhar além de nossas casas, mas situe-se, pois situações como estas estão presentes também em nossas casas. Como anda a educação, o comprometimento das ações de sua família?

Chega de ficarmos mais e mais atentos ao que a televisão e os meios de mídia de massa nos dita.

 Onde estão os programas formadores de opinião para a base familiar?

Feliz daquele que tem uma família ponderada, unida, feliz; comprometida com as coisas simples e necessárias para a vida.

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Transtorno Mental III.

Faz algum tempo, venho percebendo, que cada vez mais, as pessoas têm feito uso de medicamentos, para algum tipo de transtorno do comportamento.

Não vou me ater à lista das condições gerais, que nos tem levado a algum tipo de vazio interior, mas é claro que a forma como muitos estão conduzindo suas vidas, poderão chegar, a essa falta de não sei o que.

São seres perdidos num amontoado de gente.

Há um livro que, num trecho, relata bem essa nossa condição atual de vida: 

“De uma forma ou de outra, a mulher trata sua depressão, só que do ponto de vista médico, com remédios. Até certo ponto, é correta a utilização de medicamentos porque a emoção é concreta, e causa uma série de alterações bioquímicas.

Mas não faz sentido corrigir a bioquímica e reprimir ainda mais a emoção.

O que precisa ser corrigido é a infelicidade da pessoa, fazer com que ela se solte para a vida.

Devemos eliminar as causas da infelicidade.

A grande maioria das pessoas ainda não tem condições de amar. Ainda não sabe o que é a vida. Perdeu-se, nos desvios e atalhos da história, o conhecimento e a integração com a natureza.

Como podemos saber o que é amar?

Estamos muito preocupados em conceituar o amor, seja entre homem e mulher, seja entre pais e filhos, esquecendo que ele é simplesmente o que se sente de dentro para fora.

Não há regras, muito menos emoção certa ou errada. Emoção é a sensação que preserva a vida e tem de ser recuperada no nosso caminho diário.”

Este trecho pertence ao livro “A paternidade faz a diferença”, do Dr. Wimer Botura Junior, e retrata a condição da família. 

Apesar de o texto estar indicando uma mulher como figura principal, serve muito bem para todos, já que hoje, homens e mulheres acumulam tarefas e se sobrecarregam.

O que estamos fazendo de concreto, conosco e para nossa família, em termos emocionais?

Tal pergunta serve para refletirmos, em razão desta notícia que divido com vocês. E não precisaria fazer esta indicação de informação, basta olhar ao seu redor.  

Segundo o post da FOLHA.COM:

A venda do ansiolítico clonazepam disparou nos últimos quatro anos no Brasil, fazendo do remédio o segundo mais comercializado entre as vendas sob prescrição.

Entre 2006 e 2010, o número de caixinhas vendidas saltou de 13,57 milhões para 18,45 milhões, um aumento de 36%. O Rivotril domina esse mercado, respondendo por 77% das vendas em unidades (14 milhões por ano).

O levantamento foi feito pelo IMS Health, instituto que audita a indústria farmacêutica, a pedido da Folha. O tranquilizante só perde hoje para o anticoncepcional Microvlar (em média, 20 milhões de unidades por ano).

Para os psiquiatras, há um abuso na indicação desse medicamento tarja preta, que causa dependência e pode provocar sonolência, dificuldade de concentração e falhas da memória.

Eles apontam algumas hipóteses para explicar o aumento no consumo: as pessoas querem cada vez mais soluções rápidas para aliviar a ansiedade e o clonazepam é barato (R$ 10, em média).

Médicos de outras especialidades podem prescrever o ansiolítico e há falta de fiscalização das vigilâncias sanitárias no comércio da droga.

Procurada, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não se manifestou sobre o assunto.

Para o psiquiatra Mauro Aranha de Lima, conselheiro do Cremesp (Conselho Regional de Medicina), é “evidente” que existe indicação inapropriada do remédio, especialmente por parte de médicos generalistas, não familiarizados com a saúde mental.

Muitos pacientes, segundo ele, já chegam ao consultório com queixas de ansiedade e pedindo o Rivotril. “As pessoas trabalham até tarde, chegam em casa ansiosas e querem dormir logo. Não relaxam, não se preparam para o sono. Tomar Rivotril ficou mais fácil”, diz ele, também presidente do Conselho Estadual Sobre Drogas.

Lima explica que entre as medidas adotadas pelo Cremesp para conter o abuso no uso do remédio estão cursos de educação continuada voltados a médicos generalistas.

Na sua opinião, a precariedade do atendimento de saúde mental no país também propicia o abuso do remédio.

Leia o artigo na íntegra em: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/861768-venda-de-calmante-dispara-no-brasil.shtml

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Perdão e mágoa na família.

Recentemente, lendo algumas folhas de papel, escritas por uma pessoa mais vivida, sobre “perdão”, desencadearam-se alguns pensamentos que dividirei com vocês; apenas para reflexão.

Coincidentemente, ao acessar a internet em alguns sites e blogs que gosto, encontrei um post onde palavras sobre “mágoas” acabaram completando meus pensamentos.

O tema é emocionalmente difícil; todos nós de alguma forma já fomos magoados e, perdoados ou não, mas também magoamos e, nem sempre perdoamos.

Resta saber, se estas emoções foram devidamente resolvidas dentro de nossos corações. Sabemos que rancor e mágoas são como feridas, se não tratadas aprofundam-se vagarosamente até um momento de ebulição.

Geralmente, quando esse momento chega, nos trás sentimentos e emoções como: não suporto mais isso ou você, não confio mais nisso ou em você; é algo que pulsa, ferve ácido dentro de nosso corpo e dos pensamentos.

Nesse quadro agudo de dor, mágoas e culpa, precisamos em primeiro lugar nos perdoar pela falta de atitude nos momentos críticos, a partir daí temos que, cuidar de nós e daquele a quem machucamos.

Essas feridas geram marcas, que costumam trazer sentimentos e lembranças muito fortes. É como se a dor sentida naquele momento voltasse mais forte ainda. Sabem porque? porque a ferida ainda esta aberta. Isso não é nada bom para nosso bem estar físico, emocional e espiritual.

Fica claro que faltou cuidar das feridas, elas ficaram expostas a mais e mais lacerações. Divergências simples e inúteis passam a ter um peso enorme e, agravaram um quadro mal cuidado.

Será um caminho muitas vezes difícil, mas entendam que foi difícil também, para aquelas pessoas, que por ventura magoamos.

Com o passar dos anos, vamos amadurecendo e percebendo que devemos cuidar das coisas do coração, devemos cuidar de nós e daqueles a quem amamos.

Um fato novo me surpreende, as pessoas cada vez mais, expõem suas dores ou aborrecimentos nas redes sociais da internet. Como opinião pessoal, acho que além de desnecessário, a exposição pessoal, assim como a dos envolvidos ficam vulneráveis. Muitas vezes, as reconciliações ocorrem. Só que essas frases mal colocadas, ficam registradas, o que com certeza servirá para alimentar as feridas, lembrem-se disso.

Todos nós temos o sentimento cuidador, cabe a cada um achar e saber utilizá-lo.

Para encerrar, os momentos de perdoar, sempre que possível, devem ser feitos pessoalmente. Nada como a expressão, um semblante que traduz as coisas do coração. Muitas vezes, o próprio silencio fala mais, através de um olhar com ternura, perdão e amor.

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