Preconceito.

Em tempos de tantas lutas pela inclusão de direito iguais para os “desiguais”, os menos favorecidos, diferentes ou fora daquilo que nos foi informado e conceituado, é preciso ter coragem para sermos honestos, com nossas convicções.

Há uma frase que detalha o seguinte pensamento: ”A verdade nem sempre foi feita para ser dita”.

Mas…

Muito mais do que combater o preconceito à homofobia, o racismo, a violência, a intolerância, desamor, desrespeito ao próximo e ao diferente; o que vemos é que, parte desses movimentos possui outros tipos de interesses. Neste caso, “a causa” perde sua força em pouco tempo; basta uma nova tragédia, para que a anterior saia dos noticiários e caia no esquecimento.

É necessário termos muito cuidado com o que falamos ou escrevemos, pois tem gente que só está aí para interpretar de forma errada e conveniente alguns pensamentos expostos.

Muitos políticos se arvoram em defender classes menos favorecidas, em busca de seus interesses e aliando-se a setores da sociedade que podem trazer-lhes algum benefício.

Creio que, todos nós, temos alguma forma de conceitos ou preconceitos impróprios ao que é diferente daquilo que temos como referência, seja a cor da pele, o tipo de cabelo, a forma e as dificuldades físicas que cada um possui, seja o nível de estudo, o cheiro que cada um exala, as roupas que usa, o carro que possui, as viagens pode fazer, a condição social ou escolha sexual, ou até o gênero de música que ouve; enfim, uma porção de coisas, que se forem muito diferentes do que cada um considera o certo, o outro passa a ser diferente.

Assim se inicia o processo de preconceito, e não importa o título recebido , pois diante das atitudes de repugnância surgem as consequências .

Bom, até ai nada muda; na infância, quando a criança, ainda inocente, inicia suas escolhas, por observações e sensações, ainda primárias e menos valorizadas, do que na vida adulta. Chega à adolescência, e com ela começam a aparecer de forma mais aguda, os primeiros sinais de intolerância.

Cabe aqui aos pais, professores e adultos próximos do adolescente, orientá-lo e ensiná-lo, de que somos todos iguais, embora com formas e comportamentos diferentes. O respeito deve existir, embora ninguém seja obrigado a orientar-se por nada que lhe desagrada.

Esse é o ponto!

Honestamente, se fossemos uma nação católica e tolerante, como desejam fazer com que pareça; tão cheia de calor e amor, tão acolhedora a todos os povos, como dizem, não precisaríamos de programas para aceitação dos negros, homossexuais, miseráveis, sem terra, teto e sei lá mais a quem.

Ainda temos um longo caminho a percorrer até nos tornarmos uma nação de verdade; as desigualdades são muito grandes, e essa sensação de que todos podem roubar, enganar, mentir para se dar bem, mina o discurso, de quem tem caráter, virtude e tenta caminhar pelo lado correto.

Esse processo deve iniciar-se em casa, é a tal da educação de base familiar. Ainda acredito na educação de berço, lembram-se desse termo?

Mas aqui, e em tantos outros lugares, as coisas não funcionam assim. Se puderem observar, com olhos mais abertos, verão que em seus ambientes de trabalho, amigos e familiares, podem estar vivenciando, algo relacionado ao tema.

É  dentro das nossas casas, entendendo as pessoas a nossa volta, na escola, no trabalho, no lazer, em cada espaço que ocupamos, podemos dar exemplos processo de aceitação sem descriminação.

E as crianças, nos copiam…

Cada ser pode e deve aceitar o que bem lhe convier, mas um NÃO CONCORDO, não pode ser manifestado e aceito, através da violência. Da mesma forma que, devemos poder ser livres na forma de expressão, ao que achamos justo.

Quando começam a criar muitas leis e regras disto ou daquilo, vê-se aumentar as manifestações de ignorância, violência, e rejeição, por algo que vem imposto, e em desacordo com a opinião de outros.

Estamos desaprendendo de conviver socialmente, há uma impaciência geral com tudo.

Há pessoas que se valem demais através de valores supérfluos. Ainda há pessoas que se balizam demais nas aparências, influenciados por opiniões pessoais de outros, ou ainda pela força da mídia capitalista. Aos poucos, vemos ruir uma sociedade desprovida de preconceitos em sua origem, onde não havia modelos ideais.

É claro que há muitas distorções de comportamento, mas é preciso olhar com olhos menos críticos, pois muitas vezes esses exageros são determinados justamente pela necessidade dos diferentes se imporem, para serem aceitos.

Devemos agir e enfatizar aquilo de bom que existe em cada um, buscando uma maior harmonia entre todos.

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