Antibiótico

Tratamento Periodontal com uso concomitante de antibiótico.

Um artigo publicado por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Guarulhos (UnG) no Journal of Clinical Periodontology está entre os mais citados e acessados do periódico de maior impacto científico na área odontológica.

O artigo apresenta os resultados de um estudo realizado com apoio da FAPESP, que indicou que o tratamento convencional de infecções bacterianas que afetam as gengivas e os demais tecidos que circundam os dentes (periodontites) pode ser significativamente melhorado por meio do uso concomitante dos antibióticos metronizadol e amoxicilina.

Os pesquisadores avaliaram um grupo de 30 pacientes atendidos no Centro de Estudos Clínicos em Odontologia da UnG acometidos com periodontite agressiva – um tipo de infecção bacteriana rara que afeta normalmente pessoas mais jovens e é caracterizada pela rápida perda dos ossos de suporte, podendo resultar na perda de dentes, principalmente os molares e incisivos.

Tradicionalmente, a doença e os outros tipos de infecções periodontais são tratados pelos periodontistas por meio da raspagem mecânica e alisamento das raízes dos dentes para remoção das bactérias que colonizam a região entre os dentes e as gengivas e atacam os ossos de suporte dentário. Entretanto, principalmente os pacientes jovens não respondem bem a esse tipo de tratamento e apresentam recorrência da doença.

Ao realizar o tratamento convencional associado ao uso dos antibióticos metronizadol e amoxicilina em metade dos pacientes participantes do estudo, os pesquisadores da UnG constataram que após três meses eles apresentaram uma resposta clínica melhor do que os que só receberam o tratamento convencional. Além disso, também houve uma melhor recolonização da placa bacteriana (biofilme) localizada abaixo da margem da gengiva.

“Observamos que a microbiota bucal dos pacientes que foram submetidos a limpeza mecânica associada à terapia com antibióticos apresentou maior proporção de bactérias benéficas e menor proporção de patógenos. Essas diferenças se mantêm por um período maior do que nos pacientes tratados somente da forma convencional”, disse Magda Feres, coordenadora do programa de pós-graduação em odontologia da UnG e uma das pesquisadoras participantes do projeto à Agência FAPESP.

Para avaliar a placa bacteriana dos pacientes com periodontite agressiva que participaram do estudo, os pesquisadores utilizaram uma técnica molecular para análise microbiológica chamadaCheckerboard DNA-DNA hybridization, que diagnostica bactérias por sonda de DNA.

A técnica, desenvolvida pelo pesquisador Sigmund Socransky, do Forsyth Institute, associado à Universidade Harvard, é utilizada atualmente em apenas seis laboratórios no mundo e foi implantada no Laboratório de Microbiologia da UNG por Feres, que realizou doutorado na instituição norte-americana sob orientação de Socransky.

“Esse método inovou a forma de diagnosticar e de acompanhar os resultados do tratamento de periondotites ao permitir avaliar diversas bactérias associadas às infecções na gengiva e obter diversas amostras de placa bacteriana de cada dente dos pacientes para verificar o que ocorre na composição da microbiota bucal”, explicou Feres.

Por meio da técnica, a pesquisadora e seu grupo conseguiram avaliar as alterações promovidas pelo tratamento tradicional de periodontite agressiva associada à medicação com metronidazol e amoxicilina em um conjunto de 40 bactérias da microbiota bucal dos pacientes, das quais algumas são benéficas e outras são associadas às periodontites.

Os exames revelaram que os antibióticos ajudaram a promover uma melhor recolonização do biofilme dos pacientes, que apresentou maior proporção de bactérias benéficas do que patogênicas em comparação com o dos pacientes que só receberam o tratamento convencional.

“Constatamos que nos pacientes que não tomaram antibióticos houve um retorno maior e mais rápido dos patógenos após o tratamento, enquanto a microbiota dos que receberam a medicação se manteve mais estável e mais benéfica, o que resultou na melhora dos parâmetros clínicos, como redução de sangramento e regressão da doença”, disse Feres.

Os pesquisadores estão com um novo artigo em fase final de avaliação no mesmo periódico – o primeiro foi publicado em 2010 –, com os resultados de um estudo envolvendo 120 pacientes adultos, em que demonstram que a recolonização benéfica se manteve em um período de um ano em pacientes com periodontite crônica – outro tipo de periodontite com maior prevalência em adultos.

As periodontites são causadas pela colonização da boca por determinadas espécies de bactérias que podem ser transmitidas dos pais para os filhos e que podem se reproduzir na margem da gengiva quando há uma baixa resistência do hospedeiro.

Ao colonizar a margem da gengiva, o organismo tenta se livrar delas, desencadeando um processo inflamatório de evolução rápida, que produz metabólitos que degradam os tecidos em volta dos dentes e os ligamentos periodontais (os ossos de suporte).

Por estar associada a uma carga muito alta de bactérias agressivas à saúde, alguns estudos recentes em uma área da periodontia, chamada medicina periodontal, têm sugerido que as infecções periodontais podem funcionar como fator de risco para outras alterações sistêmicas, como parto prematuro, doenças cardiovasculares e infecções pulmonares.

“As bactérias podem se alojar em outro local do organismo, além da boca, e desencadear uma reação sistêmica. Mas essas associações ainda não estão totalmente demonstradas”, ressalvou Feres.

Em 2004, a pesquisadora e seu grupo participaram de um estudo internacional que comparou a microbiota de pacientes com periodontite no Brasil, Chile, Suécia e Estados Unidos. O estudo demonstrou que a composição das bactérias da boca pode variar entre os diferentes países.

“É importante que sejam realizados estudos sobre microbiota de pacientes com periodontite em diferentes regiões geográficas porque futuramente isso pode resultar em tratamentos específicos para cada tipo da doença”, afirmou Feres.

Os pesquisadores da UnG realizam uma triagem de pacientes para realização de novos estudos tanto para tratamento das periodontites como da periimplatites – uma infecção que ocorre ao redor de implantes dentários.

Fonte: Agência FAPESP.

Leia o arigo na íntegra: http://agencia.fapesp.br/15530 .

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O controle no uso de antibióticos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiou os esforços dos governos em recomendar a redução da indicação do uso de antibióticos em tratamentos médicos.

Apenas na Tailândia, houve uma redução de 46%.

O uso inadequado de antibióticos pode levar à resistência de bactérias ao medicamento e à baixa imunidade do paciente.

De acordo com a OMS, a resistência aos antibióticos leva ao prolongamento de doenças e ao maior risco de complicações e até de morte.

“A resistência antimicrobiana evoluiu e passou a ser uma ameaça à saúde mundial”, diz o estudo sobre o uso desse tipo de medicamento, lançado em Genebra, na Suíça, intitulado A Ameaça na Evolução da Resistência Antimicrobiana – Opções de Ação.

No texto há referências sobre o histórico dos antibióticos que, durante décadas, foram utilizados para o tratamento de doenças como tuberculose,malária, AIDS, influenza e muitas infecções bacterianas.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, alertou que o primeiro passo para combater o uso indiscriminado desse tipo de medicamento é a prescrição adequada.

“Isso inclui a prescrição de antibióticos de forma adequada e somente quando necessário. [É necessário lembrar que é obrigatório] seguir o tratamento corretamente, limitando o uso de antibióticos, para fins terapêuticos,” disse a diretora-geral.

No Brasil, desde 2010, o governo tem adotado uma rígida conduta para a comercialização de antibióticos.

Fonte: Diário da Saúde.

Leia o artigo na íntegra: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=oms-controle-uso-antibioticos&id=7517&nl=nlds .

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Resistência bacteriana a antibióticos III.

A resistência das bactérias aos antibióticos é um dos grandes problemas de saúde pública atual.

Mas uma nova descoberta aponta que, ao contrário do que os cientistas acreditavam até agora, a adaptação genética não é o único truque que as bactérias usam para escapar da destruição dos antibióticos.

Os microrganismos também têm uma segunda estratégia de defesa, chamada de persistência.

As células bacterianas “persistentes”, ou persistores, são temporariamente hiper-resistentes a todos os antibióticos de uma só vez.

Embora trace um quadro mais complicado do funcionamento das chamadas superbactérias, a descoberta pode também levar a novas abordagens mais eficazes para o tratamento da infecções resistentes a múltiplas drogas.

Em um artigo publicado no Journal of Medical Microbiology, cientistas da Bélgica demonstraram agora pela primeira vez a interação que ocorre entre os dois mecanismos – genético e persistência – para auxiliar a sobrevivência de bactérias.

Os persistores são capazes de sobreviver a níveis normalmente letais de antibióticos sem serem geneticamente resistentes à droga.

Essas células são uma importante causa de falha dos tratamentos, ainda que o mecanismo por trás do fenômeno da persistência ainda não seja totalmente compreendido pelos cientistas.

Os cientistas da Universidade Católica de Leuven descobriram que o número de células persistentes isoladas de infecções por Pseudomonas aeruginosa diminui quando a população de bactérias mostra resistência genética ao antibiótico fosfomicina.

A P. aeruginosa é um patógeno humano oportunista e uma importante causa de infecções hospitalares. Ela pode causar infecções fatais em pessoas que sofrem de fibrose cística.

Esta bactéria é notória por sua capacidade de desenvolver resistência a antibióticos comumente utilizados, e falhas nos tratamentos que a envolvem são comuns.

O professor Jan Michiels, que liderou o estudo, explica que as células persistentes são um dos principais contribuintes ao fracasso dos tratamentos.

“As células persistentes são produzidas em número reduzido, mas ainda assim, tornam quase impossível remover completamente a bactéria do paciente,” explica o professor Jan Michiels, coordenador do estudo.

“Em decorrência disso, a erradicação de infecções através de tratamentos com antibióticos geralmente leva muito tempo,” disse ele. “Nosso trabalho mostra que o tratamento com antibióticos também pode influenciar o número de persistores formados”.

Leia o artigo na íntegra. 

Fonte:  Diário da Saúde. 

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=superbacterias-antibioticos-genetica&id=6114

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Bactéria NDM-1

Um novo tipo de bactéria resistente aos antibióticos mais poderosos pode gerar uma epidemia mundial, segundo estudo divulgado esta semana na publicação científica Lancet.

 

Essas bactérias contêm um gene chamado NDM-1, que as torna resistentes a antibióticos, entre eles os chamados de carbapenemas. Isso é preocupante porque os carbapenemas são geralmente usados para combater infecções graves, causadas por outras bactérias resistentes.

 

Os cientistas acreditam que esse gene, encontrado hoje principalmente na bactéria E.coli (que causa infecções urinárias), possa ser rapidamente reproduzido em outras bactérias.

 

Se isso acontecer, algumas infecções perigosas poderiam se espalhar, com poucas possibilidades de tratamento.

 

Leia o artigo na íntegra.

 

Fonte: ESTADÃO.COM.BR

 

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,cientistas-alertam-para-risco-de-epidemia-global-com-superbacteria,593570,0.htm

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Resistência bacteriana a antibióticos II.

Os cientistas discutem há muito tempo sobre a aparente contradição que existe no fato de que tomar antibióticos de amplo espectro por um longo período de tempo geralmente leve a graves infecções bacterianas secundárias.

 

Agora, pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, podem ter descoberto o motivo.

 

Os pesquisadores demonstraram que "bactérias do bem" existentes no intestino mantêm o sistema imunológico preparado para lutar de forma mais eficaz contra bactérias patogênicas invasoras.

 

A alteração da complexa dinâmica entre bactérias residentes e invasoras – através de antibióticos, por exemplo – compromete a resposta imunológica, especificamente, a função dos glóbulos brancos chamados neutrófilos.

 

 

Leia o artigo na íntegra.

 

 

Fonte:  Diário da Saúde. 

 

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=bacterias-bem-mantem-sistema-imunologico-pronto-combater-infeccoes&id=4981&nl=nlds

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Resistência bacteriana a antibióticos I.

A resistência a antibióticos por parte de algumas bactérias, é um dos grandes desafios dos pesquisadores em medicamentos.

 


Sabe-se, que há doenças que já não respondem, aos antibióticos que são comumente administrados. Tem ocorrido, em alguns casos clínicos, a necessidade de médicos e dentistas ter de associar, dois antibióticos para obter-se a cura de uma enfermidade.

 


Infelizmente o resultado nem sempre é o esperado. Há casos que quando se associam duas drogas o resultado, por contagem bacteriana, é pior do que quando usado apenas um.

 


A explicação se dá, pelo fato de nem sempre, se conhece o histórico clínico do paciente. O paciente pode ser muito mais resistente ao outro antibiótico que foi receitado, e acabar diminuindo a chance de eliminarem-se os microorganismos como se esperava.

 


Alguns aspectos a serem respeitados:

 


1.>Diagnóstico exato da enfermidade;


2.>Histórico clínico e medicamentoso do paciente;


3.>Antibiograma, se possível;


4.>Cumprimento por parte do paciente, para o uso correto do medicamento;


5.>Retorno ao profissional para nova avaliação clínica.


6.>Nunca fazer uso de automedicação.
 

 

 

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