Pasta de dente

Cuidados com os apetrechos pra higiene bucal.

Como se sabe, os ambientes mais propícios para proliferação das bactérias são quentes, úmidos e abafados, situação presente na boca.


 
Os cuidados com os apetrechos que você usa para manter sua saúde bucal, também são importantes. Há pelo menos 900 espécies de bactérias capazes de sobreviveram até 24 horas sob as cerdas das escovas dentais, multiplicando-se e entrando em contato novamente a cada escovação feita.


 
Desta forma estamos propiciando uma maior ocorrência de doenças bucais como cáries, doenças ligadas à gengiva e lesões na mucosa. As pessoas tem pouco cuidado na forma em que guardam e mantém suas escovas dentais. Com o fio dental tem-se menos problemas já que ele acaba sendo descartado após o uso, mas cuidados com a embalagem também merecem atenção. Os colutórios bucais, da mesma forma, devem ser usados corretamente. Nada de ficar colocando a tampa do produto na boca e devolvendo-a para o frasco.


 
Dicas para manter seus apetrechos de higiene bucal mais seguros e limpos:


 
1.> A escova dental deve ser lavada após o uso com água corrente, batida na pia para eliminar o excesso de água e borrifada na parte das cerdas com algum agente antimicrobiano, como os colutórios bucais. Há algum tempo tem sido usada à solução de clorexidina a 12 % para assepsia de diferentes utensílios. Após isso, seca-se a escova com papel descartável e acondicione-a em um armário que esteja também livre de umidade e sujeira. Já começa a aparecer no mercado escovas com agentes antimicrobianos nas cerdas, o que garantiriam uma maior segurança. É claro que, ao primeiro sinal de manchas ou algo diferente na escova, se deve trocá-la, lembrando que é obrigatória a troca da mesma em até três meses.


 
2.> O fio dental deve ser retirado da embalagem com as mãos limpas e em seguida fechada a tampa. Deve-se ter cuidado para não deixar entrar água dentro da caixa. Nem deixar beiradas de fio dental do lado de fora da embalagem.


 
3.> Os colutórios para bochecho tem a famosa tampa que a maioria das pessoas usa não só como dosador, mas como meio de transporte do produto à boca. É prático, sem dúvida alguma, mas não é correto. Devem-se ter uns copos pequenos, descartáveis, e usá-los para levar o liquido até a boca. 

 


Tem um fato importante a lembrar, em conversa com um paciente, ele relatou que foi a uma churrascaria famosa em São Paulo, onde se sentiu à vontade para usar  o colutório para bochecho em galão, disponível aos clientes, com os devidos copos descartáveis no banheiro. Nada disso, sabe-se que coliformes fecais, principalmente após o uso das descargas “voam” por toda a proximidade do vaso sanitário, podendo contaminar tudo a sua volta. Isso serve não só para os lugares públicos, mas também para nossas casas. O assunto pode parecer desagradável, mas é sério.


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Hipersensibilidade Dentinária I.

A hipersensibilidade dentinária acarreta uma dor de origem dentária, que ocorre principalmente por exposição da região cervical dos dentes. A região cervical é a área do dente próxima a gengiva. O esmalte dentário que recobre esta região normalmente deve estar desgastado, expondo o tecido duro abaixo dele, chamado dentina.

 

A dentina, através de sua forma e composição permeável, com vários tubos, onde se encontram presentes fluídos e terminações nervosas, leva estímulos a polpa do dente. Estes estímulos causam dor, desconforto, dificuldade em alimentar-se, e muitas vezes irritabilidade por consequência de dor difusa, nos casos mais graves.

 

Há que se prestar atenção nos diagnósticos ligados a este tipo de dor. Dores de origem endodontia (canal) e de lesões cariosas podem por vezes levar a procedimentos incorretos. São lesões com tratamentos diferentes.

 

Mais uma vez destaco a importância da prevenção. Estes desgastes de esmalte normalmente ocorrem por:

1.>Técnica de escovação errada;
2.>Excesso de força na higiene oral;
3.>Escova dentária média ou dura, a de cerdas macias é a ideal;
4.>Pastas de dentes abrasivas,
5.>Hábitos alimentares, com muito consumo de alimentos e líquidos com PH ácido;
6.>Redução do fluxo salivar, pouca quantidade de saliva na boca;
7.>Má oclusão e maus hábitos como o bruxismo, fumo, álcool e drogas;
8.>Doença periodontal;
9.>Doenças ligadas ao vômito, como anorexia e bulimia.
Há também as hipersensibilidades pós operatórias, decorrentes de procedimentos executados pelo dentista, como tratamentos de cáries, raspagens periodontais, clareamentos dentários, desgastes dentários para colocação de próteses.
Os tratamentos podem variar, de acordo com o diagnóstico específico da hipersensibilidade. Os mais comuns costumam ser com uso de:
1.>Aplicação de agentes dessensibilizantes;
2.>Ajustes oclusais e confecção de placas mio relaxantes;
3.>Prescrição de pastas e líquidos para bochechos com agentes dessensibilizantes;
4.>Orientação quanto à técnica de higiene bucal;
5.>Orientação quanto à alimentação;
6.>Aplicação de laser terapêutico de baixa potência.
Em recente pesquisa, a Universidade de São Carlos lançou um novo produto para tratamento das hipersensibilidades, o Biosilicato. Este material usado topicamente induziria a formação de uma camada de hidroxiapatita, substância que possui a mesma composição química e estrutural dos dentes e ossos. A espectativa é que em poucos minutos após o uso do produto os pacientes sintam-se aliviados das dores causadas pela hipersensibilidade.
Depois de passada a fase aguda, deve-se reavaliar o caso e optar por restaurar ou não as áreas cervicais dos dentes com desgastes. Lembrando que há pacientes que mesmo cobrindo estes desgastes originais, por não alterarem seus hábitos, acabam desgastando novamente o esmalte abaixo das restaurações, ou seja, sem o entendimento e mudança de comportamento, não haverá com impedir a progressão destes desgastes e consequentemente a hipersensibilidade.
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