Fototerapia

Terapia fotodinâmica aplicada no tratamento do câncer.

A terapia fotodinâmica – o tratamento de doenças com o uso de luz – revolucionou o tratamento de tumores de fácil acesso, como o câncer da pele.

Mais recentemente, ela começou a ser usada em outros tratamentos superficiais, como a eliminação de bactérias nos dentes.

A terapia fotodinâmica usa lasers ou outras fontes de luz, incluindo LEDs, para ativar medicamentos encapsulados em agentes especiais chamados agentes fotossensibilizantes.

O medicamento pode ser ingerido ou aplicado na veia, mas, ao contrário da quimioterapia, que atinge todo o organismo, causando uma série de efeitos colaterais, na terapia fotodinâmica o medicamento só é ativado localmente, no próprio tumor, depois que a luz incide sobre ele.

Contudo, como a luz precisa incidir sobre o local tratado, o procedimento não beneficiou os pacientes com tumores internos, que são a maioria dos casos.

Isso agora começou a mudar, graças a uma nova tecnologia que pode levar o tratamento do câncer à base de luz para dentro do corpo.

A luz visível normalmente usada nos procedimentos de terapia fotodinâmica não penetra bem pelos tecidos.

Por outro lado, a luz infravermelha penetra fundo nos tecidos, mas não consegue ativar os medicamentos de forma eficiente.

Tymish Ohulchanskyy e seus colegas da Universidade de Buffalo (EUA), tiveram então uma ideia: usar feixes de luz na faixa do infravermelho próximo que, ao penetrar profundamente no corpo, são convertidos em luz visível, que então ativa a droga e destrói o tumor.

O feixe de laser de infravermelho interage com o colágeno, uma proteína natural existente nos tecidos conjuntivos. Essa interação muda a frequência da luz, que passa de infravermelha para luz visível, um processo conhecido como geração de segundo harmônico.

Da mesma forma, as proteínas naturais e os lipídios nas células interagem com a luz infravermelha do laser, alterando-a para luz visível através de um outro processo, chamado de mistura de quatro ondas.

Fonte: Diário da Saúde.

Leia o artigo na íntegra: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=cancer-tratado-luz&id=9768&nl=nlds .

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Efeito bioestimulador do laser.

Dois trabalhos de pesquisa apoiados pela FAPESP, envolvendo a laserterapia e desenvolvidos no Laboratório de Pesquisas Básicas do Departamento de Dentística da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), ganharam primeiro e segundo lugares em congressos internacionais.

O estudo Laser phototherapy improves cell growth of human dental pulp stem cells, da doutoranda Leila Soares Ferreira e orientado pela professora Márcia Martins Marques, coordenadora do laboratório, ficou em primeiro lugar na 3ª edição do congresso da World Federation for Laser Dentistry – European Division (WFLD-ED), realizado entre 9 e 11 de junho em Roma, na Itália.

Segundo Marques, a apresentação no evento mostrou os primeiros resultados da pesquisa “Estudo do efeito da fototerapia com laser em baixa intensidade sobre células-tronco obtidas de polpa de dentes decíduos”, que conta com o apoio da FAPESP na categoria Auxílio à Pesquisa – Regular.

“Ficamos surpresos, pois esse trabalho está no início – começou há um ano – e levamos resultados apenas parciais. Mas foi um resultado muito gratificante”, disse à Agência FAPESP.

“O estudo consiste no uso da laserterapia em células-tronco de polpas dentárias humanas com vistas a seu futuro uso em regeneração tecidual – seja de dente decíduo ou permanente”, disse a pesquisadora. O objetivo da irradiação do laser será o de favorecer uma adaptação rápida das células-tronco cultivadas em laboratório quando implantadas no organismo.

“Atualmente, há duas possibilidades. Podemos fazer a fototerapia ainda na placa de cultura ou diretamente no tecido, no momento do implante. E o nosso objetivo futuro é utilizar o laser em regeneração tecidual em pacientes”, disse Marques.

Quando estão fora das condições normais de crescimento – ou seja, como seria no momento do implante –, as células-tronco apresentam redução na proliferação. “Mas, ao irradiarmos essas células com laser em baixa intensidade no protocolo ideal, foi possível fazer com que crescessem como se estivessem na melhor condição possível de cultivo”, explicou.

O procedimento poderá beneficiar, por exemplo, jovens com problemas em dentes cuja raiz ainda não tenha sido formada. “Nesses casos, a polpa dentária morre e a raiz para a sua formação, além de poder ocorrer a perda desse dente em quatro ou cinco anos. No futuro, poderemos repor essa polpa por um tecido formado em laboratório com células-tronco e a irradiação com laser poderá melhorar esse procedimento de implante”, indicou.

“Nesse aspecto, receberemos de 15 a 20 de agosto na FOUSP, também com apoio da FAPESP, o professor Shiwei Cai, do Departamento de Endodontia da Universidade do Texas, que irá apresentar palestra sobre ‘Regeneração tecidual em Endodontia’”, disse.

Fonte: Agência FAPESP.

Leia o artigo na íntegra: http://agencia.fapesp.br/14306 .

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