Jardins Terapêuticos.

Já há algum tempo, existe um consenso de que as unidades para tratamentos de problemas de saúde, nas mais variáveis áreas abrangentes, devam ser mais agradáveis do que eram no passado. Espera-se que estes locais diminuam a ansiedade e a conotação das implicações em estar doente, sempre que possível.

Sabe-se que, inúmeras patologias, apresentam significativas melhoras em ambientes mais agradáveis, repletos de carinho, atenção, amor, doação e inclusive, melhor aspecto e qualidade das instalações, bem como o bem estar que elas podem propiciar.

Nos Estados Unidos e na Europa vem surgindo esses ambientes, chamados de Jardins Terapêuticos. É mais uma tentativa de humanizar e interagir o ser humano, doente ou não, com as coisas simples e primordiais da vida.

Jardins terapêuticos são espaços que não só ficam atrelados à hospitais ou unidades de saúde, têm surgido também em espaços públicos, como praças e jardins.

São executados seguindo critérios e características especiais, como:

1.>Pisos adequados, na forma de ruas ou caminhos largos para se caminhar com segurança. Áreas que possibilitem o isolamento dos componentes urbanos. Ou seja, um “cantinho mágico” para você relaxar;

2.>Devem conter pontos de descanso, visando um local que o aconchegue, seja para apenas uma parada, a fim de apreciar arvores, flores, fontes de água, respirar um ar limpo, ou ainda, a espera por um segundo de silêncio, sentado em banco sob uma confortável brisa;

3.>É essencial que as plantas e flores sejam devidamente escolhidas, com cores e arranjos harmoniosos, de forma que não poluam a visão. Os aromas também são importantes, bem como a possibilidade de permitir a aproximação e acolhimento de pássaros;

4.>Devem conter também, brinquedos para crianças em locais separados, para que os adultos possam saborear o silêncio, o sol, a brisa e os sons de um pedaço do que deveria ser os arredores de qualquer moradia.

Com isso se espera que haja maior liberação de endorfinas, pessoas mais felizes, menos tensas. Há chance que diminuir-se o tempo de internação dos pacientes hospitalizados, com um melhor convívio de todos os envolvidos no processo terapêutico daquele local, bem como familiares dos enfermos.

Há cidades, como São Francisco nos Estados Unidos, que espaços como esses, foram criados de forma a diminuir os índices de violência.

É difícil alguém não conseguir interagir melhor em um local como esse.

Espaços como estes eram comuns até nas grandes cidades, mas por conta de uma urbanização desordenada, capitalista e egoísta, extinguiram-se.

Para quem reside em cidades “economicamente viáveis” podem perceber que não só de áreas como estas estamos carentes.

Esqueceram-se de praticamente tudo que podemos usufruir com a natureza. Os espaços estão cada vez mais restritos ao que denominam “Indoor”.

Uma pena!

Não há motivos para comemorar tanto sucesso financeiro! Números na maioria das vezes não significam bem estar.

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