Não há como negar, o Big Brother Brasil é um sucesso. A quantidade de pessoas que se habilitam a gastar seu precioso tempo e dinheiro, votando e se inteirando do assunto, é cada vez maior.
Bom, antes que pensem que este será mais um desabafo de um crítico de plantão, não será não.
Infelizmente, o que fica cada vez mais claro, é que o modo em que vivemos não é muito diferente daquilo que rola na telinha. E com certeza “Meus guerreiros”, somos nós mesmos.
Os personagens que ali se encontram, não são muito diferentes daqueles com que convivemos em nosso dia a dia. Cada um representando seu papel, propositalmente ou por acaso e talvez por necessidade. As pessoas estão perdendo sua real forma de ser, agir e pensar.
A globalização, fez com que muita gente só repita os modismos que ai estão. Imaginem, modismo na forma de pensar…
Nunca poderia aceitar um modismo de integridade, intelecto, caráter e tantas outras formas que acabam lapidando um ser humano.
Seja no trabalho, na família, no grupo pessoas amigas ou não, cada um tenta parecer algo que, não necessariamente é. E por quê?
Parte desta resposta, esta na perda do direito de sermos “menos” que alguém. Não que desejemos, mas ser: menos feliz, menos rico, menos influente, menos inteligente, menos capaz, menos competitivo, menos eficiente, e tantos outros menos que vierem na cabeça, nos faz sentir, menos integrados, menos enturmados, ou seja: diferentes e fora do contexto de sucesso.
Daí a quantidade de pessoas que acabam doentes da cabeça; e cuidado, os mais perigosos são os não diagnosticados. O ser humano não precisa tanta competição, tantas atuações superlativas.
Até parece que alguém é tão bom assim em tudo o que faz, e ainda que fosse isso, não o tornaria melhor ou maior que alguém, sequer o faz mais feliz.
Imaginem os mais inibidos, os mais introspectivos, os mais discretos, os mais honestos em suas propostas, os reais idealistas, estes provavelmente devem estar com muita dificuldade de convivência.
Duro também é presenciar, mais e mais personagens corruptos, saindo impunes e desfrutando de suas atuações bem sucedidas, chegam a chorar e pedir justiça, rezam para Deus os salvar e perdoar a quem os condena…
Para estes personagens, a única coisa que resta, é esperar a verdadeira justiça.
E aqueles que ainda acreditam em algo parecido com estas poucas linhas, sigam em frente. Portem-se de acordo com a sua verdade e, de forma consciente coloquem seus pensamentos à frente.
Posicionem-se, todos nós precisamos disto.