Homens com faces simétricas têm menos probabilidade de perder sua memória e sua inteligência na velhice, dizem pesquisadores britânicos.
Psicólogos da University of Edinburgh, na Escócia, dizem ter encontrado um vínculo entre simetria facial e desempenho mental em indivíduos com idade entre 79 e 83 anos de idade.
Os pesquisadores analisaram resultados de uma grande pesquisa sobre saúde mental feita na Escócia em 1932 e mapearam os rostos dos participantes a partir de fotografias.
Segundo os especialistas, o estudo encontrou um vínculo entre condição física e declínio mental.
O estudo, publicado na revista científica "Evolution and Human Behaviour", sugere que a simetria facial seja um indicador de que um homem vivenciou menos perturbações genéticas e ambientais como doenças, exposição a toxinas, má-nutrição ou mutações genéticas durante o seu desenvolvimento.
O psicólogo responsável pela pesquisa, Lars Penke, disse que estudos anteriores já estabeleceram que o declínio mental seja um dos aspectos do envelhecimento geral do organismo.
Para o pesquisador, a simetria facial poderia ser usada como um sinalizador que ajudaria a prever esse declínio.
A equipe não foi capaz de encontrar resultados comparáveis em mulheres.
Uma possível explicação, segundo os pesquisadores, é que o DNA pode talvez exercer um efeito diferente sobre o envelhecimento das mulheres.
Outra teoria é de que o declínio mental seja atrasado nas mulheres porque, em média, elas vivem mais.