Dizendo NÃO.
Que os críticos de plantão possam entender, mas é muito importante saber dizer NÃO.
À medida que os anos passam, é muito comum, ouvirmos a afirmação de que estamos ficando mais rabugentos, intransigentes, ranzinzas e tantos outros adjetivos que traduzem alguém irritado, aborrecido e retrógrado. Estes adjetivos servem, muitas vezes, para qualificar diferentes estados de espírito de algumas pessoas, mas há os que sabem dizer NÃO.
Sabe aquele velho ditado, sobre se fazer, ou não, uma pergunta ou um pedido: “O não você já tem, nada perderá se ouvi-lo de novo”. Pois bem, é a mais pura verdade.
O que ocorre é que, se rotulou demais, as pessoas que dizem NÃO. Serão eles seres negativos, que dificultam as mais diferentes relações? Realmente, há muitos deles, que dizem o NÃO apenas para contrariar.
Mas vejam, além da voz enxerguem um pouco mais distante. Os fonemas (sons) são atrelados a gestos, posturas, explicações, conclusões; há os olhos, a pele, a respiração. Sejamos mais observadores, não fiquemos presos apenas ao impacto do NÃO, enquanto palavra.
Uma pessoa madura, construtiva, plena, segura de si, sabe dizer o NÃO e sabe posicionar a razão da negativa, abrindo até as opções mais corretas, na visão dela, para um diálogo produtivo, educativo, sereno e positivo.
Há também o outro lado, o de aceitar o NÃO. Esta também é uma tarefa difícil.
A geração dos anos 40, 50, cresceu ouvindo muitos NÃOS sem razão, um não porque é não. Os anos 60 e 70 fundiram-se na revolta ao NÃO, diziam não ao não, muitas vezes só para contrariar, por rebeldia.
Ai veio os anos 80, 90, alguns mais atentos perceberam que não era suficiente falar o SIM e deixar de dizer o NÃO.
Nossa, foi-se uma geração. Claro, que por sorte e percepção, nem todos aderiram o modismo. Famílias mais atentas escaparam ilesas. Com certeza, por possuírem uma visão mais educadora, segura e conservadora.
Neste começo de um novo século, acredito que muitos já perceberam que podemos dizer o NÃO e devemos recolocar a boa conduta, o bom caráter, o bom comportamento, a boa índole, a honestidade, a perseveranças, a fraternidade, a educação e o respeito por tudo que é vivo à nossa volta.
Não há como negar, se não educarmos nossas crianças, não teremos um comportamento sensato para com os adultos e idosos, nem para elas mesmas, futuros adultos.
Precisamos olhar além de nossas casas, mas situe-se, pois situações como estas estão presentes também em nossas casas. Como anda a educação, o comprometimento das ações de sua família?
Chega de ficarmos mais e mais atentos ao que a televisão e os meios de mídia de massa nos dita.
Onde estão os programas formadores de opinião para a base familiar?
Feliz daquele que tem uma família ponderada, unida, feliz; comprometida com as coisas simples e necessárias para a vida.