Um sistema robotizado de lavagem, esterilização e desinfecção de materiais médicos hospitalares, pioneiro na América Latina, será inaugurado na próxima quinta-feira, dia 27, pelo Instituto Central do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde. O sistema substituirá um parque tecnológico com mais de 25 anos, em funcionamento na Central de Material Esterilizado do Hospital.
O objetivo é assegurar uma eficiente prevenção de infecções hospitalares, com foco na segurança do paciente. A capacidade de processamento da nova tecnologia é 100% maior do que a do modelo anterior. Por dia, serão esterilizados 240 caixas cirúrgicas, 150 pacotes de curativos e de pequenos procedimentos e 500 peças de assistência ventilatória, para atender 52 salas cirúrgicas, 15 Unidades de Terapia Intensiva, 976 leitos operacionais e 450 consultórios ambulatoriais.
De acordo com o diretor clínico do HC, professor Tarcisio Barros, uma das prioridades da atual gestão do HCFMUSP é a modernização do Instituto Central. “Esta inauguração é uma etapa importante do projeto e representa um grande orgulho para toda a comunidade”, destaca. O projeto, que contou com R$ 6 milhões de investimentos para compra de equipamentos e execução das obras estruturais, teve coordenação do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva do Instituto. O trabalho de reengenharia de processos operacionais, aliado à valorização do dinheiro público, possibilitou a inovação.
O sistema é composto por quatro lavadoras termodesinfectoras, quatro autoclaves – sendo uma híbrida para esterilização a alta e baixa temperatura, um car wash (máquina de lavagem de carros que transportam instrumentais cirúrgicos) e métodos robotizados para carga e descarga. O sistema de rastreabilidade computadorizado controlará todo o processo.
O ganho estimado do hospital será de 60%, com a otimização de mão de obra e agilidade nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização. “Quanto melhor e mais adequado for o sistema de esterilização, menores são os riscos de infecção hospitalar e maior é a segurança do paciente e do profissional de saúde”, ressalta o diretor executivo do Instituto Central, Carlos Suslik.
Com o pioneirismo, a Central de Material Esterilizado conta com três grandes compartimentos, sem acesso direto entre si: área suja (expurgo), área de preparo de material limpo e guarda de material estéril. “A medida permite que não haja cruzamento e, portanto, chance de contaminação durante o processo”, enfatiza o diretor. A área suja recebe os materiais contaminados utilizados nos mais diversos procedimentos. Eles são colocados em cestos e transportados por esteiras automatizadas até as lavadoras termodesinfectadoras.
Limpos, os instrumentais são direcionados automaticamente para as estações de trabalho, onde são separados e acondicionados, de acordo com as necessidades de cada procedimento. Em seguida, passam por processo de esterilização física ou química em área totalmente independente das demais.
A água que abastece a Central de Material Esterilizado é pura. Ela passa por processo de filtragem por osmose. Além disso, o local recebeu sistema de exaustão e ar-condicionado, com diferenciais de pressão entre as áreas e controle rígido de temperatura e umidade. As paredes, com janelas de vidro fixas, facilitam a supervisão dos serviços.
Toda a área foi certificada e teve planta aprovada pela Vigilância Sanitária.
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Fonte: Jornal Ipanema.
http://www.jornalipanema.com.br/novo/Sa%C3%BAde/ROBOS+ESTERILIZAM+INSTRUMENTOS+CIRURGICOS+NO+HC.html