Mês: abril 2009

Traumatismo Dental I.

O objetivo deste artigo é orientar a todos, como proceder nos casos de traumas na área da boca. Não entraremos nos critérios de como tratar os traumas, mas sim, de como atuar em relação aos primeiros procedimentos.

O trauma dental necessita de atendimento de urgência. São as ações iniciais que podem garantir o sucesso do tratamento, a curto ou longo prazo.

A incidência desses traumas é de até em 30% da população. É mais comum em jovens do sexo masculino, pois estão mais ligados a prática de esportes, exercícios e brincadeiras, além das questões sociais envolvendo violência. Os dentes mais acometidos são os incisivos centrais superiores, seguidos pelos incisivos laterais superiores e incisivos centrais inferiores.

É de fundamental importância a intervenção rápida do cirurgião dentista. Fica claro que, diante das complexidades que podem envolver os traumatismos, é necessário de imediato se ter certeza do estado geral do paciente, após isso o mesmo deve ser encaminhado para o profissional de odontologia.

As lesões pós trauma podem estender-se em todas as estruturas que envolvem o orgão dental, na cavidade bucal. Caso haja fratura de algum fragmento dentário ou mesmo do próprio dente por inteiro, este deve ser acondicionado em um recipiente limpo com leite, soro fisiológico ou saliva. A ordem deve ser esta, no caso de ficarmos pela última opção, podemos colocar o fragmento ou dente na boca, entre a bochecha e os dentes até entregá-lo para o profissional.

Caso tenha havido a avulsão do dentes (o dente saiu da gengiva), quando pegá-lo ficar atento para segurá-lo pela parte da coroa e não pela raiz.

É importante não mexermos no dente, não devemos limpá-lo. O tratamento deve ser executado por profissional qualificado. O paciente pode ser higienizado. Em caso de hemorragia, deve ser feita a hemostasia com compressão, através de gaze ou panos e aplicação de gelo. O paciente não deve alimentar-se até ir ao profissional para avaliar se o trauma afetou a estrutura óssea e ou periodontal. 

Lembrem-se, após os primeiros socorros, a vítima do trauma deve ser encaminhada o mais rápido possível para o cirurgião dentista, e os fragmentos ou o próprio dente, devem ser armazenados de forma correta.

Para os atletas e esportistas vai a recomendação do uso de protetores bucais, os quais variam de acordo com o esporte. O uso dos mesmos diminui sensivelmente as sequelas de traumas bucais. 

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Controle da infecção hospitalar.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), publicou recentemente um relatório no mínimo preocupante, sobre os programas e comissões de controle de infecções hospitalares em 158 hospitais da região de São Paulo capital, região metropolitana e interior do Estado.


 

Alguns hospitais, ainda não possuem infectologistas diretamente ligados aos Programas e Comissões de Controle de Infecção Hospitalar. 

 


O termo infecção hospitalar fica denominado pelo CREMESP, como sendo toda infecção adquirida após admissão do paciente na unidade hospitalar, quer se manifeste durante a internação ou após a alta, desde que relacionada com os procedimentos hospitalares. A maior parte das infecções é causada por bactérias, fungos e vírus.


 
As infecções hospitalares acometem de  5% a 15% dos pacientes internados, e as possibilidades de contaminação, aumentam de acordo com o tempo de permanência do doente, no ambiente hospitalar.


 
O preocupante são os números da pesquisa, os quais podem ser lidos na íntegra. Segundo o presidente do CREMESP, o momento não é para se criar algum mal estar frente à opinião pública, mas para que, se concretizar a eficiência destes hospitais no controle das infecções, através da adoção de critérios nos programas de prevenção, condutas acertadas, aparatos físicos corretos e treinamento humano.

 

Há necessidade de formação ou aprimoramento das pessoas que cuidam dos processos de limpeza, esterilização, desinfecção, assim como, da forma de utilização dos espaços hospitalares. É necessária a adequação física de locais apropriados para tal prática.
 


Como sempre, procuro mencionar casos que vivenciei. Não dá para acreditar, mas acontece. Um médico ou equipe de apoio que trabalha diretamente dentro de uma terapia intensiva, muitas vezes, sai do local de trabalho, onde todos sabem que, a questão da vida ou morte é estreita, circula e volta com a mesma roupa, sem lavar-se, sem nada, expondo o ambiente à contaminação. Complicado explicar e entender…

 


Muito mais que descaso é um desrespeito para com a vida humana. Falta sensibilidade, sem falar nas responsabilidades legais que envolvem os fatos.

 


As pessoas que lidam com a saúde, assim como, a limpeza e esterilização, seja em hospitais, clínicas ou consultórios e entidades afins, devem ter consciência de que sua função é tão importante como a dos profissionais que lidam diretamente com a cura e prevenção dos doentes.

 

Quando se fala em equipe, parceria, grupo de trabalho, refere-se a um só corpo, onde cada membro tem função determinante para um bom resultado.

 

O mais renomado cirurgião, de qualquer parte do mundo, necessita de uma sala limpa e condições adequadas, para poder executar com qualidade e eficiência o seu trabalho.


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